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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

A 31 DE AGOSTO CELEBRAMOS SÃO RAIMUNDO NONNATO, PRESBÍTERO (+1240)


 S. Raimundo Nonnato

Sacerdote (1200-1240) 

Raimundo Nonnato, assim chamado porque «não nascido», mas extraído vivo das entranhas da mãe já morta, viu a luz em Portei, na diocese de Solsona, Espanha, pelo ano de 1200. Os pais eram pobres e Raimundo, ainda menino, teve de guardar o gado. As montanhas de Lérida foram o campo dos seus anos de pastor. Conhecia-lhes muito bem as fontes e arroios, os bosques e vales, e sobretudo uma ermida de S. Nicolau, onde se venerava uma imagem de Nossa Senhora de quem era devotíssimo. Conta-se que, duran­te as horas que passava aos pés de Maria, um anjo lhe guardava o rebanho.

O que parece, fora de toda a dúvida, é que a Virgem Santíssima lhe falou um dia e lhe disse que entrasse na recém-fundada Ordem de Nossa Senhora das Mercês para a redenção dos cristãos captivos em terras de mouros. Vencida a resistência do pai, veio para Barcelona, onde conheceu S. Pedro Nolasco, a quem pediu a admissão.

Em Barcelona, trabalhou desde o princípio no ministério da pregação e catequese, em particular com os cristãos remidos dos infiéis. Isto não lhe bastava, pois sonhava com maiores e mais difíceis empresas. Sonhava com a redenção dos que gemiam em terras de mouros. Reunia esmolas, mendigando de porta em porta, para resgatar aqueles infelizes. Em 1224 entrou pelo reino mouro de Valência para remir e consolar os captivos. Libertou 140. Em 1226 chegou mesmo até Argel, com S. Pedro Nolasco, e, não bastando o dinhei­ro que levavam para remir tantos captivos, ficou ele em pessoa como refém.

Já ordenado sacerdote, voltou outras duas vezes a África. Na primeira, em 1229, desembarcando em Argel, esteve em perigo de perder a vida, pela liberdade apostólica em falar e discutir com mouros e judeus. Em 1232, veio a Bugia, onde obteve óptimos resultados até na conversão de muçulmanos e judeus.

A expedição mais célebre do Santo foi a do ano de 1236, a Tunes ou mais prova­velmente a Argel. Ficou novamente como refém, enquanto se recolhia o dinheiro neces­sário, em terras cristãs.

Libertou 250 captivos em Argel e 228 em Tunes.

Ao dedicar-se à evangelização dos infiéis, o que excitou as iras dos mais rebeldes, açoitaram-no, esfolaram-no e lançaram-no numa escura masmorra. Conti­nuou pregando Cristo. Um dia, os mouros entraram-lhe na prisão, furaram-lhe os lábios com um ferro em brasa e pelos buracos meteram-lhe um cadeado. Era o meio único para fechar a boca àquele intrépido pregador. Abriam-na para lhe dar de comer a escassa ração dos presos.

Chegou por fim o seu resgate e Raimundo, esgotado pelos açoites, pela fome e pelos maus-tratos, voltou a Espanha, à terra de origem. A sua fama de santo e valente pregador tinha chegado até ao papa Gregório IX, que pelo ano de 1239 lhe enviou o chapéu cardinalício. Já antes o encarregara de ir a França convencer S. Luís a partir para a Terra Santa.

O Santo continuou na sua humildade e espírito caritativo. Conta-se que um dia, não tendo o que dar a um pobre, lhe entregou o seu próprio chapéu. Quando Gregório IX o chamou a Roma para utilizar os seus conselhos, adoeceu com gravidade em Cardona e morreu santamente em 1240.

O seu corpo foi descansar na mesma ermida de S. Nicolau em que orava nos seus anos de pastor. 

Fonte: Santos de Cada dia – Editorial A.O. - Braga


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