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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

A 28 DE AGOSTO CELEBRA-SE SANTO AGOSTINHO, BISPO E DOUTOR DA IGREJA (+430)

 

Agostinho nasceu em África a 13 de Novembro de 354, em Tagaste. Foi educado na fé católica pela sua mãe, Santa Mónica, mas não seguiu o seu exemplo. Dedicou-se ao estudo da retórica. Amava a vida e os seus prazeres, cultivava amizades, teve paixões amorosas, adorava o teatro, procurava os divertimentos e distrações.

Em Cartagena, onde prosseguiu seus estudos, apaixonou-se por uma rapariga e tiveram um filho, Adeodato. Entretanto, a leitura de Hortensius, de Cícero, mudou seu modo de encarar as coisas. “A felicidade – escreveu o grande orador – consiste nos bens que não perecem: sabedoria, verdade, virtudes”. Deste modo Agostinho passou a procurá-las.

Primeiramente procurou-as na Bíblia e não as encontrando aproximou-se do maniqueísmo. Ao voltar para Tagaste, abriu uma escola de gramática e retórica, com a ajuda de um benfeitor. Porém, a vida que levava, não o satisfazia, por isso, regressou a Cartagena, esperando encontrar uma vida melhor. Continuou insatisfeito pois a sua sede de verdade não se satisfazia com a doutrina maniqueísta. Em 382, transferiu-se para Roma com o filho. Mantendo, no entanto, contacto com os maniqueístas, dos quais recebeu ajuda e apoio.

Depois, entendeu que a Providência actuava também através de escolhas erradas. A sua carreira teve sucesso, tanto que, em 384, conseguiu uma cátedra de Retórica em Milão. Contudo, o desassossego interior continuava a atormentá-lo.

A fim de aperfeiçoar a sua “ars oratoria”, começou a seguir os sermões do santo Bispo Ambrósio. Queria entender suas capacidades dialéticas. Todavia, as palavras do Bispo tocaram-no profundamente e Agostinho aproximou-se, cada vez mais, da Igreja católica, sentindo-se mesmo catecúmeno.

Sem se decidir, Agostinho devorou textos de filosofia e mergulhou nas Sagradas Escrituras.

Certo dia de Agosto de 386, desorientado e confuso, chorou copiosamente e desesperado, pareceu-lhe ouvir uma voz: “Pega e lê”! Achou que a voz o convidava a agarrar nas Cartas de Paulo, que estavam sobre a mesa. Abriu-as ao acaso e leu: “Como quem vive em pleno dia, comportemo-nos honestamente: nada de comezainas e bebedeiras, nada de devassidão e libertinagens, nada de discórdias e invejas.  Pelo contrário, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não vos entregueis às coisas da carne, satisfazendo os seus desejos.” (Rm 13, 13-14). A leitura deste trecho fê-lo mudar de vida e dedicar-se totalmente a Deus. Foi baptizado por Santo Ambrósio na noite de Páscoa em 387.

Voltou para África e fundou sua primeira comunidade em Tagaste. Foi ordenado sacerdote em Hipona entre o fim de 390 e início de 391. Ciente de ter de viver voltado para Deus, estudando e meditando as Escrituras, compreendeu que era chamado para algo mais.  Tornou-se Bispo de Hipona. Deixou numerosos escritos, onde conseguiu conciliar “fé e razão”. Entre eles, O livre arbítrioA TrindadeA cidade de Deus. Menção particular merecem As Confissões, onde Agostinho faz uma auto narração, deixando emergir, em modo magistral, a sua interioridade e a história do seu coração.

Morreu a 28 de Agosto de 430.

 

https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia/08/28/s--agostinho--bispo-de-hipona-e-doutor-da-igreja.html





28 de Agosto - Santo Agostinho de Hipona (354-430)

Aurélio Agostinho nasceu no dia 13 de Novembro de 354, na cidade de Tagaste, hoje região da Argélia, em África. Era o primogénito de Patrício, um pequeno proprietário de terras, pagão. Sua mãe, ao contrário, era uma devota cristã, que agora celebramos como Santa Mónica, no dia 27 de Agosto. Mónica procurou criar o filho no seguimento de Cristo. Não foi uma tarefa fácil. Aliás, ela até adiou o seu baptismo, receando que ele o profanasse. Mas a exemplo do provérbio que diz que "a luz não pode ficar oculta", ela entendeu que Agostinho era essa luz.

Aos 16 anos de idade, na exuberância da adolescência, foi estudar fora de casa. Na oportunidade, envolveu-se com a heresia maniqueísta e também passou a conviver com uma moça cartaginense, que lhe deu, em 372, um filho, Adeodato. Assim era Agostinho, um rapaz inquieto, sempre envolvido em paixões e atitudes contrárias aos ensinamentos da mãe e dos cristãos. Possuidor de uma inteligência rara, depois da fase de desmandos da juventude, centrou-se nos estudos e formou-se, brilhantemente, em retórica. Excelente escritor, dedicava-se à poesia e à filosofia.

Procurando maior sucesso, Agostinho foi para Roma, onde abriu uma escola de retórica. Foi convidado para ser professor dessa matéria e de gramática em Milão. O motivo que o levou a aceitar o trabalho em Milão era poder estar perto do agora Santo bispo Ambrósio, poeta e orador, por quem Agostinho tinha enorme admiração. Assim, passou a assistir aos seus sermões. Primeiro, seu interesse era só pelo conteúdo literário da pregação; depois, pelo conteúdo filosófico e doutrinário. Aos poucos, a pregação de Ambrósio tocou seu coração e ele se converteu, passando a combater a heresia maniqueísta e outras que surgiram. Foi baptizado, junto com o filho Adeodato, pelo próprio bispo Ambrósio, na Páscoa do ano de 387, com 33 e 15 anos de idade, respectivamente.

Nessa época, Agostinho passou por uma grande provação: seu filho morreu. Era um menino muito inteligente, a quem dedicava muita atenção e afecto. Decidiu, pois, voltar com a mãe para sua terra natal, a África, mas Mônica também veio a falecer, no porto de Óstia, não muito distante de Roma. Depois do sepultamento da mãe, Agostinho prosseguiu a viagem, chegando a Tagaste em 388. Lá, decidiu-se pela vida religiosa e, ao lado de alguns amigos, fundou uma comunidade monástica, cujas Regras escritas por ele deram, depois, origem a várias Ordens, femininas e masculinas. Porém, o então bispo de Hipona decidiu que "a luz não devia ficar oculta" e convidou Agostinho para acompanhá-lo em suas pregações, pois já estava velho e doente. Para tanto, ele consagrou Agostinho sacerdote e, logo após a sua morte, em 397, Agostinho foi aclamado pelo povo como novo bispo de Hipona.

Por 34 anos, Agostinho foi bispo daquela diocese, considerado o pai dos pobres, um homem de alta espiritualidade e um grande defensor da doutrina de Cristo. Na verdade, foi definido como o mais profundo e importante filósofo e teólogo do seu tempo. Sua obra iluminou quase todos os pensadores dos séculos seguintes. Escreveu livros importantíssimos, entre eles sua autobiografia, "Confissões", e "Cidade de Deus".

Depois de uma grave enfermidade, morreu amargurado, aos 76 anos de idade, em 28 de Agosto de 430, pois os bárbaros haviam invadido sua cidade episcopal. Em 725, o seu corpo foi transladado para Pavia, Itália, sendo guardado na igreja São Pedro do Céu de Ouro, próximo do local de sua conversão. Santo Agostinho recebeu o honroso título de 'Doutor da Igreja' e é celebrado no dia de sua morte. 


Feliz dia de Santo Agostinho... que não usava mitra!

Santo Agostinho foi um bispo oriundo de Hipona, norte de África, que consagrou-se entre os maiores teólogos e filósofos da cristandade. Interessante notar que na iconografia cristã, o ilustre bispo africano é retratado de báculo e mitra, o chapéu pontiagudo, usado actualmente pelos bispos da Igreja Latina. Porém, o que se usava na liturgia antiga era basicamente o mesmo traje civil, mas com tecidos e cores mais distintivas. Esse é o primeiro retrato conhecido de Santo Agostinho num afresco do século VI, em Latrão, Roma. Provavelmente, esse é o retrato mais fiel que existe dele. Mas o que explica sua representação actual? O motivo é bem simples, pois a dinâmica cultural foi sendo modificada no Ocidente com o passar do tempo. Quando a arte sacra se popularizou na Baixa Idade Média, o uso da mitra já estava consolidado. Por isso, a partir daí, Santo Agostinho é retratado do jeito que conhecemos.

Associação dos Autarcas Monárquicos


A Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho (Sacer et Apostolicus Ordo Canonicorum Regularium Sancti Augustini ou Canonici Regulares Sancti Augustini, CRSA) é uma ordem de cónegos regrantes da Igreja Católica Romana, a qual segue uma regra instituída a partir dos ensinamentos de Santo Agostinho. Seus membros são chamados cónegos pretos, numa referência à cor do hábito de manto que usam.


Os princípios essenciais da Regra de Santo Agostinho são:
• Conciliação entre a fé e a razão
• Conhecimento natural de Deus
• Negação do Mal
• Indispensabilidade da graça para a salvação do homem
• Presença das imagens trinitárias no universo


Os cónegos regulares surgiram em consequência das exortações urgentes do Sínodo de Latrão, em 1059. Os clérigos autónomos dos cabidos de algumas catedrais, principalmente na Inglaterra (Carlisle), e de um grande número de colegiadas da Europa ocidental, respondeu à apelação; e a necessidade de uma regra da vida para o regime novo produziu, no fim do século XI, a dita Regra de Santo Agostinho, que foi adoptada extensamente pelos cónegos regulares, que começaram também a se ligar pelos votos da pobreza, do obediência e do castidade.
O surgimento destes cónegos determinou, no século XI, a distinção entre cónegos regulares e seculares.
Com a carta apostólica Caritatis unita, de 4 de Maio de 1959, o Papa João XXIII fundou a Confederação dos Cónegos Regulares de Santo Agostinho, no 900.º aniversário do Primeiro Sínodo de Latrão. Como seu predecessor, o Papa São Gregório VII, quis promover a vida canonical no mundo contemporâneo. A Confederação é uma união de caridade que agrupa nove congregações de cónegos regulares pela recíproca ajuda e suporte.


Os seus mais importantes mosteiros em Portugal foram os de Santa Cruz, em Coimbra (iniciado em 1131), e o de São Vicente de Fora, em Lisboa.
No início da década de 80 essa Ordem Religiosa foi restaurada pela Igreja Católica. Os actuais Cónegos Regrantes da Santa Cruz estão presentes no Brasil, Áustria, Alemanha, Índia, México, Colômbia, com sua Casa Generalícia em Roma, além de missões em diversas partes do mundo.


Na foto,: fachada actual do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, vendo-se no topo direito o grande frontão do Colégio da Sapiência ou de Santo Agostinho 


José De Almeida Basto

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