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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

terça-feira, 15 de agosto de 2023

EM 15 DE AGOSTO DE 1498 A RAINHA DONA LEONOR FUNDAVA A SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA

15 de Agosto de 1498: Fundação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, pela rainha D. Leonor, viúva de D. João II

A 15 de Agosto de 1498 em Lisboa, no ano em que os navegadores portugueses atingiam a Índia, surgia a primeira misericórdia portuguesa em resultado da especial intervenção da Rainha D. Leonor, e com o total apoio do Rei D. Manuel I.

O desenvolvimento da expansão marítima, da actividade portuária e comercial favorecia o afluxo de gente aos grandes centros urbanos, como era o caso de Lisboa. Gente que vinha à procura de trabalho ou de enriquecimento, numa busca muitas vezes sem frutos. As condições de vida degradavam-se. As ruas transformavam-se em antros de promiscuidade e doença, aglomerando-se pedintes e enjeitados. Também os naufrágios e as batalhas originavam grande número de viúvas e órfãos, e a situação dos encarcerados nas prisões do Reino era aflitiva.

Neste contexto difícil, D. Leonor, rainha viúva de D. João II, resolve instituir uma Irmandade de Invocação a Nossa Senhora da Misericórdia, na Sé de Lisboa (Capela de Nossa Senhora da Piedade ou da Terra Solta), onde passou a ter sede. Ao fim de quase um século de navegações oceânicas, surgia, desta forma, uma nova confraria orientada por princípios estabelecidos no Compromisso (estatuto ou regulamento) da Misericórdia.

O Compromisso originário da Misericórdia de Lisboa foi aprovado pelo Rei D. Manuel I e confirmado pelo Papa Alexandre VI. O documento provavelmente perdeu-se com o terramoto de 1755. Dele foram tiradas diversas cópias e fez-se uma edição impressa, em 1516, que veio permitir a divulgação mais rápida do texto, facilitando a criação de outras misericórdias por todo o Reino e nos territórios de Além-Mar.

Inicialmente constituída por cem irmãos, a Irmandade actuava junto dos pobres presos, doentes. E apoiava os chamados "envergonhados", pessoas decaídas na pobreza, por desgraça. Socorria todos os necessitados, dando pousada, roupas, alimentos, medicamentos ou mezinhas. Promovia também uma importante intervenção a nível religioso, ao estar presente nas orações e na celebração de missas e procissões, nas cerimónias dos enterros, no acompanhamento de condenados à morte ou na promoção da penitência. Os Irmãos anunciavam, assim, o Evangelho com palavras, mas também com obras concretas, testemunhadas através de actitudes cristãs.

O rápido crescimento do prestígio da Misericórdia de Lisboa trouxe-lhe um maior número de responsabilidades, nomeadamente o apoio às órfãs e a administração do Hospital Real de Todos-os-Santos, com a incumbência da protecção das crianças enjeitadas.

A eficaz acção da Misericórdia de Lisboa ficou a dever-se não apenas ao empenhamento e participação generosa dos membros da Irmandade, mas também ao apoio e protecção da Coroa, bem como a benemerências de diversos particulares. É neste quadro que se compreende a concessão de múltiplos privilégios, bem como a dotação de imponentes instalações, como a nova sede da Misericórdia de Lisboa, mandada edificar por D. Manuel I e concluída em 1534.



Fontes: SCML
Wikipedia (imagens)


ESTÓRIASDAHISTÓRIA


15 de Agosto de 1498 – A rainha D. Leonor instituiu a Irmandade de Invocação a Nossa Senhora da Misericórdia, na Sé de Lisboa, a primeira das Santas Casas de Misericórdia.

A Santa Casa é fundada na Capela da Nossa Senhora da Terra Solta, nos Claustros da Sé de Lisboa. O seu compromisso veio a servir de modelo a todas as outras misericórdias fundadas em Portugal, na Europa, no Oriente, em África e no Brasil.

Na imagem, frontispício da primeira edição impressa do Compromisso da Misericórdia de Lisboa, de 1516, mostrando a Nossa Senhora da Misericórdia.

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