♔ | VIVA A FAMÍLIA REAL PORTUGUESA! | ♔

♔ | VIVA A FAMÍLIA REAL PORTUGUESA! | ♔

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

EM 21 DE AGOSTO DE 1808 AS FORÇAS LUSO-BRITÂNICAS DERROTARAM OS FRANCESES NA BATALHA DO VIMEIRO


 21 de Agosto de 1808: Invasões francesas. Termina a Batalha do Vimeiro. As forças luso-britânicas derrotam as tropas francesas de Junot.

Após a batalha de Roliça, em Agosto de 1808, o general inglês Wellesley, comandante das forças anglo-lusas que combatiam a primeira invasão napoleónica, com o conhecimento de todos os movimentos do exército francês, queria obrigar o inimigo a abandonar a sua posição em Torres Vedras, para o que marchou directamente sobre Mafra. Bernardim Freire, então comandante das tropas portuguesas, opôs-se ao acompanhamento da marcha que o comandante inglês tinha em mente. Mas Wellesley, mesmo sem a colaboração do exército português, prosseguiu com a sua marcha, embora com algumas alterações em relação ao que havia sido previamente planeado. Essas alterações foram motivadas não só pela falta de acompanhamento do exército português, como também pela notícia da chegada à costa portuguesa de um reforço constituído pelas brigadas de Auckland e Anstruther (dizia-se que com mais de 40 mil homens de armas). Após ter dado a indicação que o desembarque deveria ser feito em Porto Novo (Vimeiro), partiu para o local para receber o desembarque.

Uma outra brigada, a brigada de Moore, desembarcou na foz do Mondego, com o fim de marchar sobre Santarém. A presença das inúmeras brigadas inglesas em Portugal veio confirmar a falta de confiança que existia em relação ao exército português. A divisão de Moore acabou por não realizar a marcha para Santarém, devido a ordens dos seus superiores no sentido de seguir a expedição de Wellesley. Entretanto o general francês Junot saiu de Lisboa, com o objectivo de se juntar às forças que haviam sido vencidas na batalha da Roliça e à divisão de Loison, que marchava lentamente sobre Abrantes. O ponto de união das tropas francesas era Torres Vedras. A marcha não seguiu pela estrada directa mas sim pela de Vila Franca. As forças que acompanhavam Loison, desde Lisboa, encontravam-se bastante atrasadas em relação ao seu comandante. No primeiro dia de marcha o comandante sentiu-se obrigado a recuar, pois foi avisado que estava previsto um desembarque inglês em Cascais. Deixou em Lisboa, porém, cerca de 6 mil homens para impedir o desembarque. Na noite do dia 20 para 21 do mês de Agosto, a artilharia francesa atravessou a ponte de madeira de Vila Facaia. O planalto da Portela, no lado sul da povoação, encontrava-se já ocupado por uma grande parte das forças inglesas. Junot, adiantando-se, fez então um reconhecimento da posição das forças inglesas, para proceder em seguida ao ataque pelo flanco esquerdo. O comandante inglês, que rapidamente se apercebeu da situação do inimigo, ordenou às suas tropas do flanco direito que se deslocassem para norte. A divisão francesa estava disposta em linha. As brigadas da primeira divisão separaram-se, entretanto, e começaram o ataque pelo centro. Os ingleses - e também os portugueses - receberam o inimigo de forma violenta, obrigando-o a retroceder imediatamente e a perder grande parte da artilharia. Para exterminar de uma só vez a coluna que havia atacado pelo centro, Wellesley aproveitou o caos e fez avançar a cavalaria, mas os portugueses fugiram e a cavalaria inglesa, para além de ter sofrido grandes perdas, acabou por ser atacada. Após o ataque que lançou sobre a cavalaria inglesa, o comandante Brenier, com a sua brigada, tentou atravessar a ribeira de Toledo, mas para contornar a frente inglesa que se encontrava no vale, fez uma manobra de "rodeio" pela Carrasqueira. A brigada francesa de Solignac por sua vez logo que atravessou o ribeiro foi atacada por três brigadas inglesas. Os franceses foram assim facilmente derrotados. As tropas francesas ficaram fragilizadas. Junot, desesperado com a situação, mandou Kellermass propor a sua capitulação ao general Dalrymple, que entretanto se tornara comandante do exército inglês.



Fontes: Infopédia
wikipedia (imagens)


ESTÓRIASDAHISTÓRIA



♔ | Batalha do Vimeiro - 21 de Agosto de 1808

A Batalha do Vimeiro foi travada no dia 21 de Agosto de 1808, durante a 1ª Invasão Francesa de Portugal, no âmbito da Guerra Peninsular (1807 – 1814), gerada pelas Guerras Napoleónicas. Nesta batalha defrontaram-se as forças anglo-lusas comandadas pelo tenente-general Sir Arthur Wellesley e as forças francesas comandadas pelo general Jean-Andoche Junot. A batalha resultou numa vitória para as forças anglo-lusas e determinou o fim da primeira invasão francesa de Portugal, e Junot deixou de ‘viver à grande e à francesa’ – expressão que se refere ao estilo de vida luxuoso do general Junot e da sua entourage - à custa dos portugueses.
No dealbar do século XIX, a França Napoleónica submetera a generalidade da Europa. Napoleão Bonaparte, na sua estratégia Cesarista de senhor absoluto queria fechar os portos continentais à Inglaterra e por isso decretou o Bloqueio Continental, ao qual o Reino de Portugal não se associou, por diversas razões, mas sobretudo pela multissecular aliança com Inglaterra que remontava ao Tratado de Paz, Amizade e Aliança ou Tratado de Westeminster, de 16 de Junho de 1373, assinado na Catedral de São Paulo, em Londres, firmado entre os plenipotenciários d'El-Rei Dom Fernando I de Portugal e o Rei Eduardo III de Inglaterra e o Príncipe de Gales (Eduardo de Woodstock, "o Príncipe Negro"). O Tratado de 'perpétua amizade, sindicato e aliança' entre as duas nações, a mais antiga aliança do mundo, confirmou o anterior Pacto de Tagilde. O chamado Tratado, ou melhor Pacto de Tagilde, que o Rei D. Fernando I de Portugal assinou com os delegados de John de Gaunt, Duque de Lencastre, e 4.º filho do Rei Eduardo III de Inglaterra, é considerado o preambulo da Aliança Luso-Britânica, e foi firmado a 10 de Julho de 1372, na Igreja de São Salvador de Tagilde, e marcou o exórdio da mais velha aliança diplomática do mundo, que perdura até aos nossos dias. Esta Aliança foi reforçada no ano seguinte a Aljubarrota pelo Tratado de Windsor de 9 de Maio de 1386 e seria consolidada, em 1387, pelo casamento de D. João I com a Princesa Inglesa Dona Filipa de Lencastre (Lady Phillippa of Lancaster), filha de John Gaunt, Duque de Lancaster, e neta do então monarca inglês Eduardo III, de cujo consórcio matrimonial nasceria a Ínclita Geração.
Assim, Bonaparte começa a estratégia de pressão junto da Coroa portuguesa, mas sem resultados invade Portugal. A tarefa coube a Jean-Andoche Junot que a 20 de Novembro de 1807, ao comando das tropas napoleónicas cruza a fronteira portuguesa, iniciando a 1.ª Invasão Francesa de Portugal no âmbito da Guerra Peninsular (1807-1814).
Vivia-se o reinado da Rainha Senhora Dona Maria I de Portugal, mas o seu filho e herdeiro D. João, por doença da mãe, era quem verdadeiramente governava com o estatuto de Príncipe-regente. De acordo com o plano do Príncipe Regente, não houve resistência ao invasor mas o terreno, as más vias de comunicação, a quase impossibilidade em adquirir mantimentos para o tropel e até as condições atmosféricas, tornaram a marcha ainda mais penosa e quase destruíram o exército invasor.
Entretanto, de acordo com o gizado por D. João, a família real portuguesa e a corte começam a preparar a sua saída de Portugal, única forma de assegurar e proteger a manutenção da independência e da Monarquia legítima portuguesa. Este plano de ‘retirada estratégica’, foi apoiado pela Inglaterra. A 29 de Novembro de 1807, com Junot às portas de Lisboa, a frota da corte portuguesa partia de Belém e “transferia-se” assim para o Brasil, escoltada por navios ingleses. Quando no dia seguinte os franceses chegaram à capital, Junot e suas tropas dirigiram-se ainda ao Forte de S. Julião da Barra e dispararam sobre a frota, mas sem sucesso, ficando por isso a ‘ver navios’.
Jean-Andoche Junot proclama-se Duque de Abrantes e declara a deposição da Casa Real de Bragança – acto que ninguém levou a sério.
Junot publicou uma proclamação em que se declarava ‘protector do reino contra os ingleses’ e ordenou a prisão dos súbditos britânicos que ainda residiam em Portugal e o confisco dos seus bens. Tal-qualmente foram confiscados os bens das pessoas que tinham acompanhado a Família Real para o Brasil. Entretanto, os oficiais franceses alojaram-se nas casas particulares mais ricas: Junot hospedou-se no palácio do Barão de Quintela.
Durante a sua ocupação foram cometidas as mais variadas barbáries, cujo principal fautor foi o maneta Loison, e o controlo das finanças portuguesas passou para os ocupantes. Houve requisições de mantimentos, roupas e toda a espécie de bens necessários à reorganização e manutenção do exército invasor. Logo passaram das requisições à rapina tal era a cobiça do ocupante. Quando Napoleão ordenou um tributo de 100 milhões de francos, perante a impossibilidade de suprir a exigência em moeda, Junot ordenou a entrega na Casa da Moeda de todo o ouro e prata das igrejas e confrarias de Lisboa e arredores.
As medidas tomadas por Junot faziam crescer o sentimento nacional contra os Franceses. No dia 13 de Dezembro de 1807, Junot, acompanhado pelo seu estado-maior, passou revista às tropas formadas no Rossio. Seguidamente, no castelo de S. Jorge, onde estavam aquarteladas as tropas francesas, a bandeira portuguesa foi substituída pela bandeira francesa. A reacção da população foi violenta e só uma intervenção armada pôs fim ao tumulto. Foi, porventura, este incidente o que mais afrontou a consciência portuguesa.
Entretanto, começa a insurreição antifrancesa na, também, Espanha ocupada. Em Portugal, a rebelião principia no sempre livre e insubmisso Porto, estendendo-se a Trás-os-Montes. Depois o movimento alastrou-se a Viana, Guimarães, Caminha e, no Porto a população vence os franceses e cria a Junta Provisional do Supremo Governo do Reino, presidida pelo bispo e da qual faziam parte representantes da Igreja, do povo, da magistratura e do exército.
A insurreição começou a alastrar para sul do Douro: Viseu, Lamego, Guarda, Castelo Branco, Aveiro e Coimbra aderiram ao movimento. Nesta última cidade o Príncipe Regente foi aclamado no dia 23 de Junho e foi constituído um governo civil presidido pelo vice-reitor da Universidade, Manuel Pais de Aragão Trigoso, e indicado para governador de armas o General Bernardim Freire de Andrade, procedendo-se à organização de forças com o material dos regimentos que tinham sido dissolvidos e que ainda foi possível recuperar; a Universidade ajudou a resolver o problema do fabrico de pólvora e munições com o seu laboratório e estudantes e professores formaram um corpo militar, que organizaram duas colunas que se dirigiram, uma à Figueira da Foz, a outra a Leiria. O Batalhão Académico conquista depois a Figueira da Foz. Os portugueses continuam a sua progressão vitoriosa e as guarnições francesas, retiram-se rapidamente para não caírem nas mãos da população. Em Tomar o Príncipe Regente foi aclamado a 2 de Julho. Lisboa estava cada vez mais próxima.
Em Agosto de 1808, o general inglês Arthur Wellesley (futuro Duque de Wellington, Duque da Vitória e Marques do Douro) entra em Portugal, baía do Mondego, à cabeça de um exército inglês de 13.500 homens.
Chefiando as tropas anglo-lusas vence as Batalhas da Roliça (17 de Agosto) e do Vimeiro (21 de Agosto), o que permitiu aos plenipotenciário negociar a Convenção de Sintra (31 de Agosto), pela qual foi permitido a Junot abandonar Portugal levando todo o seu exército e todo o saque que haviam feito em Portugal.
Até hoje, ainda não fomos indemnizados, tendo os franceses, apenas, no fim das invasões, da Guerra Peninsular e deposição de Bonaparte, devolvido apenas a Custódia de Belém e a Bíblia dos Jerónimos.

Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica

Imagem: Ilustração do Regimento de Infantaria n.° 8 do Exército Português, por Johnny Shumate




Assinalamos a 21 de Agosto o 215º aniversário da Batalha do Vimeiro, que pôs termo à Primeira Invasão Francesa a Portugal.

Participe nas actividades programadas, evocativas deste dia:

➡️ 09h30 - Missa Evocativa na Igreja de São Miguel, Vimeiro
➡️11h00 - Cerimónia de Homenagem aos Combatentes da Batalha do Vimeiro, em colaboração com o Exército Português, junto ao Monumento Comemorativo do Centenário da Batalha do Vimeiro
- Inauguração da Mostra Expositiva Temporária "A Cadeira do Rei" no Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro

👉 Organizado pelo Município da Lourinhã em parceria com a Junta de Freguesia do Vimeiro, a Associação para a Memória da Batalha do Vimeiro, a Associação Napoleónica Portuguesa, em colaboração com o Exército Português

Município da Lourinhã




No âmbito das Comemorações do 215º aniversário da Batalha do Vimeiro, terá lugar, no próximo dia 21 de Agosto, pelas 11h00, na localidade do Vimeiro, uma Cerimónia de Homenagem aos Combatentes da Batalha do Vimeiro organizada pelo Município da Lourinhã em colaboração com o Exército Português, que contará com a presença do Prinicipe da Beira, Dom Afonso de Bragança e do Major-General Aníbal Flambó, Diretor de História e Cultura Militar.


Esta cerimónia tem como pano de fundo os acontecimentos de há 215 anos, que opuseram as tropas luso-britânicas e as francesas, num confronto decisivo que pôs fim à primeira invasão francesa. Agora sob o lema da paz, esta cerimónia oficial é uma forma de prestarmos homenagem aos nossos antepassados e um convite à descoberta desta herança histórica e cultural.

Sem comentários:

Enviar um comentário