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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

sábado, 26 de agosto de 2023

AS CARAVELAS

Nenhum barco como a Caravela Portuguesa teve maior importância e papel de destaque na epopeia dos Descobrimentos como aquele tipo de embarcação que foi o primeiro barco à vela concebido para bolinar em ângulos suficientemente fechados, capaz de fazer ganhar barlavento, como nenhum outro até ali. Era uma embarcação relactivamente fina se comparada com as bojudas embarcações da época, equipada com vela triangulares latinas.

Admite-se que a caravela dos Descobrimentos seja uma evolução da Caravela Pescarezza (um extraordinário barco costeiro e oceánico ,que prestava excelentes serviços aos pescadores da costa atlântica) que teria derivado do cárabo árabe.

E teriam sido as gentes algarvias que depois da reconquista começariam a aprender com os árabes que por aqui ficaram as técnicas de construção de embarcações do alto.

Teria sido precisamente no Algarve que o «cárabo» perderia a cobertura impermeável de pelaria, substituindo-a por técnica mais consentânea com a sustentação da forma, aplicando produtos, tipo linho misturados com massame, entre tabuado.

Assim nasceria a caravela esguia, esbelta, capaz de ganhar vento, com excepcional capacidade de manobra já que o arranjo dos panos envergados em dois ou três mastros, equilibrados com o vento, permitiam grande obediência ao comando do leme central, de porta avantajada.

De seus tipos salienta-se a de dois mastros como a mais ágil e fácil de manobrar, necessitando de pouco pessoal para a sua navegação. O homem do leme nela estava protegido dos elementos agrestes da natureza, o que era muito importante para as grandes viagens.

Deve dizer-se que as caravelas pescarezzas tinham, a partir do segundo quartel do séc. XIV, atravessado o Atlântico para ir pescar bacalhau nos mares do norte. Eram especialmente construídas na Calle de S. João, em Aveiro, em estaleiros aí instalados.

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