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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

sábado, 22 de abril de 2023

SANTA SENHORINHA


Santa Senhorinha, nascida em 925 em Vieira do Minho, no Condado Portucalense, sob o nome de Domitilla Ufes ou ainda Genoveva Ufes, segundo algumas fontes históricas, Senhorinha de Basto era filha da condessa D. Teresa Soares e do conde D. Ufo Ufes, rico-homem, capitão-general do concelho de Vieira do Minho e governador de Viseu, Era a segunda filha do casal, e prima do bispo de Dume, São Rosendo de Celanova. Em outros documentos, é apontada também como irmã de São Gervásio de Basto. Após a morte prematura da sua mãe, D. Ufo Ufes passou a chamá-la de Senhorinha, "pequena senhora".

Com 15 anos de idade recusou casar com um nobre pretendente, ingressando pouco depois na vida monástica sob a guarda de D. Godinha, sua tia materna e abadessa no Mosteiro de São João de Vieira do Minho, da Ordem de São Bento. Professando o seu noviciado, fez os e adoptou o nome de Irmã Senhorinha.

Anos mais tarde, aos 36 anos, após a morte da sua tia, que se tornou também santa, Senhorinha tornou-se abadessa do Mosteiro de São João de Vieira do Minho, transferindo-se pouco depois, com as suas religiosas, para um mosteiro em São Jorge de Basto, no município de Cabeceiras de Basto, passando a localidade a figurar no nome da santa portuguesa.

A 22 de abril de 982, Santa Senhorinha de Basto faleceu, com 58 anos de idade, sendo sepultada em campa rasa, junto do altar-mor, na igreja do mosteiro, entre os túmulos de Santa Godinha e de São Gervásio de Basto.

Tendo-lhe sido atribuídos numerosos milagres durante a sua vida, como transformar água em vinho ou outros actos de intervenção divina durante eventos naturais ou com animais, tendo interrompido uma tempestade para se realizar a colheita do trigo ou silenciado rãs numa lagoa para se realizar o ofício litúrgico, após a sua morte, o arcebispo de Braga, D. Paio Mendes, foi visitar o sepulcro, decidido a exumar o seu corpo para averiguar os rumores de que este se mantinha bem preservado, como se a abadessa estivesse apenas a dormir. Criando-se um enorme alvoroço na população que acudiu à igreja para impedir o acto e tendo o arcebispo testemunhado um milagre, onde um cego ganhou visão, a abadessa foi canonizada santa em 1130.

Devido à enorme devoção que Santa Senhorinha de Basto inspirou, durante a Baixa Idade Média, o seu túmulo tornou-se num grande centro de peregrinações, contando-se entre os grandes devotos os reis D. Sancho I e D. Pedro I. Por esse facto, a localidade de São Jorge de Basto passou a denominar-se Santa Senhorinha de Basto, sendo a freguesia actualmente apenas referida como Basto.

Durante o século XVIII, a festa de Santa Senhorinha foi introduzida no Breviário Bracarense de D. Rodrigo de Moura Teles, sendo celebrada em todo o país a 22 de abril.

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