Cidade do Santo Nome de Deus de Macau, não há Outra mais Leal, assim reza desde a Restauração o pendão de honra daquela cidade que foi durante séculos o ponto de intermediação entre o Ocidente e o Oriente e um exemplo de paz que ainda nos anos 30 do século passado se apontava aos outros europeus:
«Convém acentuar aqui que Portugal não aparece envolvido em nenhum dos graves conflitos com a China nem em nenhum dos grandes negócios que animam a acção dos estrangeiros (...). Tanto no seu próprio interesse, como no interesse da China e do mundo, Portugal deve retomar o seu lugar de outrora, movimentando e criando riqueza, mas, como sempre, sem atentar contra os interesses chineses e sem criar ódios que os outros [britânicos, americanos, etc] têm criado com os seus exageros e as suas violências.» António Lopes – A China e os chineses. Lisboa: Livraria popular, 1937.
República de mercadores dentro da monarquia portuguesa, detentora de capital único de diplomacia informal, Macau ainda hoje pode e deve ser memória de Portugal e aspiração de futuro. Na nova Praça do Império, as suas armas lembrarão meio milénio de relações luso-chinesas e esse tesouro insubstituível que são os macaenses, os Portugueses do Extremo-Oriente.
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