Com a Restauração da Independência em 1640 e a subida ao trono do pai como D. João IV, D. Teodósio passou a ser príncipe real. Em 1645 recebeu o título de 1.º Príncipe do Brasil, título especialmente criado para si pelo rei.
Sendo o herdeiro ao trono, recebeu uma educação esmerada, na qual participou também Padre António Vieira. Sabia grego e latim, interessava-se por filosofia e astrologia e era dotado nas artes, como a pintura e a música, à semelhança do seu pai. Para além disso, recebeu a educação militar que convinha a um príncipe.
Em 1651, em plena guerra da Restauração da Independência, quando os soldados portugueses lutavam na fronteira para impedir a invasão espanhola, D. Teodósio decide, à revelia dos seus pais, ir ao Alentejo para dar apoio moral às tropas e ao povo que sofria com a guerra. No regresso acabou por ser nomeado capitão-general das armas do Reino. Terá sido essa irreverente viagem que afetou a sua saúde. Contraiu tuberculose pulmonar que o vitimou com apenas 19 anos, em 1653. A sua preocupação, na hora da morte, foi serenar os pais.
Portugal perdera o seu herdeiro e “ganhou” uma maldição, a dos Bragança, que segundo a lenda vitimaria sempre o primogénito desta dinastia. D. Teodósio foi o primeiro de muitos primogénitos Bragança a falecer precocemente.
Foi sepultado inicialmente no Mosteiro dos Jerónimos e posteriormente, foi trasladado para o Mosteiro de São Vicente de Fora.
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