♔ | VIVA A FAMÍLIA REAL PORTUGUESA! | ♔

♔ | VIVA A FAMÍLIA REAL PORTUGUESA! | ♔

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

domingo, 20 de agosto de 2023

HOJE CELEBRAMOS SÃO BERNARDO DE CLARAVAL, ABADE E DOUTOR DA IGREJA (+1153)

 

São Bernardo nasceu no Castelo de Fontaine, próximo de Dijon, em França, no ano de 1090, o terceiro de seis irmãos. Tescelino, pai de Bernardo, ficou consternado quando, ainda muito jovem, ele decidiu tornar-se monge no convento cisterciense, fundado por São Roberto em 1098: um após outro, os filhos abandonavam o conforto do castelo para seguir Bernardo: Guido, o primogénito, deixou até a esposa, que também se fez monja; Nissardo, o mais novo, também optou por abandonar os prazeres do mundo, seguido pela única irmã, Umbelina e pelo tio Gaudry, que despiu a pesada armadura para vestir o hábito branco; também Tescelino entrou no mosteiro onde estava praticamente toda a família. Um êxodo tão completo como este nunca se verificou em toda história da Igreja. Por terem muitos outros jovens desejado tornar-se cistercienses, foi necessário fundar outros mosteiros. São Bernardo, então, deixou Citeaux, abraçando uma pesada cruz de madeira e seguido de doze religiosos que cantavam hinos e louvores ao Senhor.

Experientes trabalhadores, como todos os beneditinos, os monges logo levantaram um novo mosteiro, dando-lhe o nome de Claraval. A antiga regra beneditina era aí observada com todo rigor: oração e trabalho, sob a obediência absoluta ao abade. São Bernardo sempre preferiu os caminhos do coração: "Amemos - ele dizia a seus monges - e seremos amados. Naqueles que amamos encontraremos repouso, e o mesmo repouso oferecemos a todos os que amamos. Amar em Deus é ter caridade; procurar ser amado por Deus é servir a caridade."

Por 38 anos foi guia de uma multidão de monges; cerca de 900 religiosos fizeram votos em sua presença. Para abrigar todos os monges foram construídos mais de 343 mosteiros.

São Bernardo depois de laboriosas jornadas retirava-se para a cela para escrever obras cheias de optimismo e de doçura, como o Tratado do Amor de Deus e o Comentário ao Cântico dos Cânticos que é uma declaração de amor a Maria. É também o compositor do belíssimo hino Ave Maris Stella. Também é sua a invocação: " Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria" da salve-rainha. Foi chamado pelo Papa Pio XII "O último dos Padres da Igreja, e não o menor".

Morreu no dia 20 de Agosto do ano 1153.


S. Bernardo de Claraval, foi um santo, e doutor da igreja católica da idade média. A ele se deve a ajuda a Portugal de se tornar numa nação independente, pois intercedeu junto do Papa para que este reconhecesse D. Afonso Henriques como Rei.
Daí D. Afonso Henriques ter doado a Bernardo de Claraval grandes áreas de território português, concretamente na província da Estremadura onde viria a fundar um dos mais grandiosos mosteiros da ordem de Cister, Santa Maria de Alcobaça, tornando-se num polo de desenvolvimento e de conhecimento de elevadíssimo valor para a época. Durante a sua vida fomentou o desenvolvimento da ordem de Cister construindo vários mosteiros, e catedrais cistercienses por toda a Europa. 
Veio a falecer a 20 de Agosto de 1153 na abadia de Claraval.


Amandio Carvalho



JOSÉ DE ALMEIDA BASTO


"A própria criação de Portugal foi “imaginada” por uma elite espiritual, cuja expressão mais visível terá sido S. Bernardo de Claraval." 

São Bernardo de Claraval nasceu no Castelo de Fontaine perto de Dijon em 1090 e morreu em 1153. A vida do fundador e primeiro abade de Clairvaux é fundamental para entender a expansão da Ordem Cisterciense em toda a Europa. A qual viria a ter tanta influência nos séculos posteriores no curso da história da Europa.
Conhecidas são as principais regras da Ordem de Císter, que devem ser orientadas pela austeridade e pela vida simples. Mas São Bernardo também conseguiu conduzir com grande eficiência os fios que controlavam o poder importante que residia no papado de Roma. Para este fim, após a morte do Papa Honório II, e quando dois pontífices foram eleitos, ele apoiou Inocêncio II.
Isso permitiu-lhe ganhar influência decisiva sobre o pontificado deste papa. Entre outras coisas, ajudou-o a expandir sem dificuldade a Ordem cisterciense em toda a Europa e também a fortalecer a Ordem dos Templários, cujos estatutos lhe foram confiados.
Apesar da grande importância da vida de São Bernardo, não há retratos, no sentido mais estrito da palavra, desta personagem notável. Após a sua morte, houve numerosas representações do mesmo, como a realizada por Murillo, na qual geralmente aparece como abade múltiplo da Ordem do Císter.



✠ Non Nobis Domine, Non Nobis, Sed Nomini Tuo Da Gloriam ✠

Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Teu
nome dai Glória


Todas as reaçõe
20 DE AGOSTO DE 1153-2023
Faz hoje 870 anos que faleceu S. BERNARDO DE CLARAVAL, mentor dos Templários e um dos obreiros de Portugal como Nação independente.
A fundação de Portugal deveu-se muito à Ordem do Templo e, sobretudo, a S. Bernardo, seu mentor que, situado em terras de Claraval, não deixava de orientar política e espiritualmente os templários, que lutavam pela fé cristã. Desse modo, Portugal, emergindo como nação, tornou-se um objectivo primordial no quadro de uma nova Europa que pretendiam construir – longe das querelas que a minavam por dentro –, com gente valorosa que pudesse servir os intentos do monge cisterciense.
D. Afonso Henriques doou à Ordem de Cister ou a S. Bernardo extensos territórios na Estremadura (onde se inclui o mosteiro de Alcobaça), província que na altura estava deserta e constituía a fronteira entre cristãos e muçulmanos. Daí que S. Bernardo tratasse de encarregar Gualdim Pais de fazer uma cintura defensiva à volta dos bens da Ordem.
"A Ordem de Cister foi fundamental para a colonização do território. A sua acção incidiu em:

• chamar, proteger e educar os colonos que formaram povoações;
• desbravar terras, abrir estradas e caminhos;
• construir pontes;
• comunicar com o mar que era uma forma de aproveitar a navegação;
• criar e aperfeiçoar as indústrias;
• explorar minas e os seus recursos;
• promover a criação de gado;
• lançar as bases de uma civilização.
S. Bernardo, nobre borgonhês e abade de Claraval desde 1115, desenvolveu um pensamento providencialista que aplicou à expansão universal da cruz de Cristo. Para ele, esta expansão não devia ser entendida como uma simples propagação de fé pela conquista, mas dependia, antes de mais, da conversão da Igreja a um ideal mais puro, mais místico e mais cavaleiresco. Tais exigências de dedicação, entrega e pureza de ideal fizeram com que o nome e a obra de S. Bernardo inflamassem uma época crucial da história europeia.
O grandioso projecto de S. Bernardo manifestou-se em dois planos:
• o da acção no mundo e no tempo através da Ordem do Templo ao serviço da Monarquia Universal;
• e o da missão espiritual da Ordem de Cister, ao serviço de uma Igreja mais pura e ascética.
"A própria criação de Portugal foi “imaginada” por uma elite espiritual, cuja expressão mais visível terá sido S. Bernardo de Claraval. Essa elite, que pensava em termos de eternidade, deu início a um projecto que viria a dar os seus frutos séculos mais tarde. Tratava-se de pessoas de eleição, alimentadas pelos valores do espírito; uns viviam ao abrigo das ordens monásticas, nomeadamente de Cister, e outros estavam ao serviço do poder temporal. Porém, ambos, monges contemplativos e monges-guerreiros eram humildes servos do poder espiritual, que não era necessariamente o poder da Igreja de Roma."
in Eduardo Amarante, "Templários", Vol. 2

Sem comentários:

Enviar um comentário