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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

sábado, 11 de março de 2023

O PRIMEIRO HISTORIADOR DE ANGOLA


António de Oliveira de Cadornega (1623-1690) foi um militar e historiador português radicado em Angola
Nascido numa família de cristãos-novos de Vila Viçosa, Cadornega estudou português e latim nas aulas dos frades de Santo Agostinho. Com apenas 16 anos, ofereceu-se como voluntário para a vida militar, embarcando para Angola no mesmo navio que transportava o recém-nomeado governador-geral, Pedro César de Meneses.
Chegado a Luanda a 18 de Outubro de 1639, Cadornega assistiu à tomada da cidade pelos holandeses, refugiando-se no interior, na Vila da Vitória de Massangano, tal como a maioria da população branca da cidade. Colocado no Forte de Massangano durante 28 anos, Cadornega foi, em 1649, promovido a capitão, casando com a filha de Fernão Rodrigues, um dos primeiros povoadores de Luanda
Reformando-se do exército, Cadornega foi nomeado juiz ordinário de Massangano, trocando correspondência com a rainha Jinga. António de Oliveira de Cadornega fez ainda parte do Senado da Câmara de Massangano e foi o primeiro provedor da Misericórdia da vila. Em 1669, mudou a sua residência para Luanda, onde foi vereador da Câmara, assinando papéis nessa qualidade ainda em 1685
António de Oliveira de Cadornega faleceu em 1690 em Luanda.
Autodidacta, Cadornega deixou obra vasta e preciosa sobre a ocupação portuguesa de Angola nos séculos XVI e XVII, com destaque para a História Geral das Guerras Angolanas, em três volumes, concluída em 1681. As campanhas militares são o assunto principal da sua obra. Para a sua redacção consultou muitas testemunhas dos acontecimentos, especialmente nos missionários capuchinhos António de Gaeta e João António Cavazzi de Montecúccolo. A rainha Jinga, pela qual Cadornega esteve literalmente fascinado, é a personagem mais presente na sua história.
Cadornega forneceu elementos essenciais a numerosos historiadores atuais, designadamente C. R. Boxer, Beatrix Heintze, Gladwyn Murray Childs, John Thornton, entre outros. Cadornega inspirou, também, o escritor angolano Pepetela no seu romance "A Gloriosa Família."




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