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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quarta-feira, 29 de março de 2023

PAULO DIAS DE NOVAIS, FUNDADOR DA CIDADE DE LUANDA

Fundador da cidade de Luanda, Paulo Dias de Novais era neto paterno do navegador Bartolomeu Dias.
Paulo Dias de Novais era um fidalgo da Casa Real, neto de Bartolomeu Dias, que tinha anteriormente sido incumbido de liderar uma embaixada ao reino de Angola. Conhecia, portanto, o terreno e os cenários político e social da região.
A armada chegou à ilha de Luanda em fevereiro de 1575 e Paulo Dias de Novais, após reconhecimento do terreno, decidiu criar um núcleo permanente, a que deu o nome de S. Paulo de Luanda, não na ilha mas em terra firme devido às boas condições de defesa e, sobretudo, do porto abrigado.
Os portugueses tinham chegado àquela região há praticamente um século, mas durante muito tempo a presença portuguesa tinha-se concentrado no reino do Congo, mais a norte.
A certa altura, os portugueses estabeleceram contactos com um pequeno reino, vassalo do Congo, que se mostrava recetivo ao comércio português e ao trabalho missionário.
Tratava-se do reino do Ndongo, um pouco a sul, cujo rei tinha o título de “Ngola”, e foi este o nome que os portugueses adotaram para a região e que veio mais tarde a designar o enorme território da colónia portuguesa e o atual país.
Paulo Dias de Novais recebeu uma doação régia para criar uma base permanente, promover o povoamento, o comércio e a descoberta de metais preciosos, à semelhança do que tinha ocorrido com as donatarias no Brasil.
A sua missão era, portanto, simultaneamente oficial e privada, uma vez que recebia o título e o poder de governador e capitão-geral, mas os custos da preparação e financiamento do empreendimento eram da sua responsabilidade.
A expedição foi bem-sucedida, porque teve um bom acolhimento por parte do Ngola, que autorizou a fundação de Luanda. A ilha tinha um grande interesse na economia local, porque produzia uma espécie de búzio que era usado como moeda em toda a região.
Luanda tornou-se, portanto, o centro da presença portuguesa, quer do comércio e da atividade das ordens missionárias, mas também das expedições militares para o interior, ou seja, da “conquista”.
Foi nesta vertente que surgiram de imediato grandes dificuldades e tensões, porque os portugueses envolveram-se nos conflitos das potências da região, ou seja, o Ndongo, o Congo e outros reinos, e também porque as tentativas de penetração no interior em busca de minas de prata depararam com enorme resistência.
Paulo Dias de Novais morreu em 1589, no decorrer de uma dessas expedições. Seja como for, Luanda passou a ser o centro da presença e da influência portuguesa em toda região durante os séculos seguintes, excetuando um breve período, entre 1641 e 1648, durante o qual a cidade esteve sob o poder dos holandeses.
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Monumento a Paulo Dias de Novais «Capitão-Mór e Governador da Conquista de Angola» nos jardins da Câmara Municipal de Luanda.
Inicialmente foi colocado no sopé da Fortaleza de São Miguel, nos anos trinta passou para os jardins da Câmara de Luanda, na década de cinquenta, foi colocado no Largo de Luís da Sequeira o Herói da Batalha de Ambuíla.
No pedestal do monumento o brasão e inscrições nas lápides laterais, no topo um dos canhões usados por Paulo Dias de Novais no combate aos corsários franceses e holandeses na foz do rio Cuanza, em Massangano, no combate contra os bakongos do jaga Kiluanji chefe tribal de Dongo-Kisama.







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