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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

segunda-feira, 17 de julho de 2023

♔ | 17 DE JULHO DE 1859 - MORRE D. ESTEFÂNIA, RAINHA CONSORTE DE PORTUGAL

D. Estefânia Frederica Guilhermina Antónia de Hohenzollern-Sigmaringen (em alemão: Stephanie Josepha Friederike Wilhelmine Antonia) nasceu no Castelo de Krauchenwies, Sigmaringen, na Alemanha, a 15 de Julho de 1837, e era a mais velha dos seis filhos do Príncipe Carlos António de Hohenzollern-Sigmaringen e de Josefina de Baden, filha do grão-duque Carlos II de Baden.

Nascida no Castelo de Krauchenwies (Alte Schloss Krauchenwies), um castelo neoclássico localizado em Krauchenwies, no distrito de Sigmaringen, em Baden-Württemberg, Dona Estefânia recebeu uma educação erudita, romântica e católica, pois os Hohenzollern-Sigmaringen eram Católicos-Apostólico-Romanos.

Quando tinha onze anos, o pai abdicou dos seus direitos ao principado em nome do primo Hohenzollern Rei da Prússia, e mudou-se com a família para o Palácio de Jägerhof, em Düsseldorf, onde D. Estefânia teve a oportunidade de crescer no meio dos seus ricos e belíssimos jardins românticos, o que lhe moldou a personalidade.

Chegada a idade adulta, e atendendo ao temperamento dos dois, por conselho da Rainha Victoria de Inglaterra e do marido o Príncipe Alberto, seus parentes comuns, foi acordado o casamento da Princesa alemã com o Rei D. Pedro V de Portugal, ambos com 20 anos. D. Estefânia partiu para Berlim, e visitou pelo caminho as cortes de Dresden, Karlsruhe, etc., e voltando a Berlim para a celebração do casamento. O matrimónio, como era comum à época, aconteceu por procuração em 29 de Abril de 1858, na igreja católica de Santa Hedviges, sendo D. Pedro V representado pelo príncipe Leopoldo, irmão da noiva, e oficiou o bispo de Breslau, actual Wroclaw na Polónia. O conde de Lavradio foi responsável pelo contrato de casamento. A 3 de Maio, D. Estefânia parte de Düsseldorf, chegando de comboio a Ostende, de onde embarcou no barco a vapor 'Mindelo' até Plymouth, Inglaterra. No reino de Sua Majestade Britânica foi recebida pela Rainha Victoria, no Palácio de Buckingham. Em Dover, a corveta 'Bartolomeu Dias' estava à sua espera para rumar à sua nova pátria, aportando na barra do Tejo no dia 17 de Maio de 1858, com a Rainha Dona Estefânia a bordo. O casamento presencial foi realizado a 18 de Maio de 1858, na Igreja de São Domingos, em Lisboa.

Foi a união de duas almas gémeas, instruídas nos mesmos valores e gostos.

D. Estefânia foi muito crítica da alta sociedade portuguesa: 'Os portugueses têm o sentido do luxo e da pompa, mas não o da dignidade' e não não gostava do calor e da aridez de Lisboa, mas apreciava Sintra e Mafra. A companhia do sogro, D. Fernando II, também, lhe era desagradável, especialmente por causa da sua ligação amorosa com Elise Friederike Hensler, actriz de teatro e cantora de ópera, titulada Condessa de Edla, depois de se tornar a segunda mulher do rei-consorte, viúvo da Rainha D. Maria II.

D. Estefânia faleceu catorze meses depois, a 17 de Julho de 1859, aos 22 anos de idade, vítima de uma angina diftérica que contraiu quando visitou Vendas Novas. Reza a lenda que as suas derradeiras palavras terão sido: 'consolem o meu Pedro!'

Esta perda foi trágica para o Rei Dom Pedro V e o seu carácter melancólico e triste, propício à angústia, tristeza e mudanças de humor, agravou-se progressivamente, encontrando um escape no trabalho árduo de governação e um paliativo no estudo, tendo fundado o Curso Superior de Letras. Sendo a saúde pública uma das preocupações do casal real, em memória da mulher, D. Pedro V mandou edificar o hospital 'D. Estefânia'.

Apenas 3 anos depois, durante uma caçada em Vila Viçosa, com dois dos seus irmãos, depois de beberem água estagnada e inquinada de uma charca por onde passaram, D. Pedro V encontra o mesmo destino da mulher. Pouco depois de regressarem às Necessidades, morreu o Infante D. Fernando, em seguida o Rei D. Pedro, moribundo, ouve o dobrar dos sinos na sua cama, a 11 de Novembro de 1861. D. Augusto sobrevive, mas o Infante D. João por frequentar os aposentos dos irmãos doentes, também sucumbe à doença. O povo, que suspeitava de envenenamento, revolta-se e invade o Paço para pedir contas aos áulicos. Lanceiros n.º 2 ameaça revoltar-se por causa da morte do seu comandante honorário, o Infante D. João. A morte do Rei provocou uma enorme tristeza em todos os quadrantes da sociedade. Não tendo filhos, foi sucedido pelo irmão, o infante D. Luís, Duque do Porto, embarcado na 'Bartolomeu Dias', pois tinha ido levar a irmã Infanta d. Antónia e o noivo, o príncipe Leopoldo de Hohenzollern-Sigmaringen, a Anvers, quando recebeu a terrível notícia de que era Rei de Portugal - O Rei Morreu. Viva o Rei! -, pois o irmão falecera vítima de febre tifoide.

O Destino assim o quis.

Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica 




D. ESTEFÂNIA, RAINHA DE PORTUGAL

No dia 17 de Julho, no ano de 1859, faleceu D. Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen, rainha consorte de Portugal, esposa do rei D. Pedro V. Passam hoje 164 anos.
Tinha chegado a Portugal em Maio de 1858, casando-se na Igreja de S. Domingos, com o rei D. Pedro V, tornando-se, assim, rainha consorte de Portugal.
D. Estefânia apenas 14 meses depois de chegar ao trono, falece aos 22 anos vítima de uma angina diftérica.
O seu amado esposo, o rei D. Pedro V, cumpriu o desejo expresso pela rainha e mandou fundar um hospital com o seu nome em Lisboa, o Hospital Dona Estefânia.
Viveu no Palácio das Necessidades e a sua memória perdura nesse Palácio, quer nas decorações no seu interior, quer no jardim onde se encontra um busto que a representa, do escultor Rogério Timóteo, de 2015, oferecido pela comunidade Portuguesa de Dusseldorf (onde fora celebrado o casamento por procuração) e que recorda a sua ligação àquela cidade.
Actualmente jaz no panteão real da dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora.

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