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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

terça-feira, 25 de julho de 2023

O CAMINHO DE SANTIAGO

Mesmo o mais distraído já reparou nas pequenas setas amarelas que se encontram pintadas em muros, candeeiros, postes e até mesmo caixas de electricidade e que nos indicam, com uma cada vez maior perícia e segurança o caminho certo para Compostela, seja no caminho Francês, Primitivo ou o Português. são as famosas setas amarelas do Caminho de Santiago.
Mas como é que estas “flechas amarillas” aparecem no contexto moderno do “Caminho”. Por muito estranho que possa parecer o surgimento destas nada tem de transcendental, nem sobrenatural ou nem cabe no campo da fé. É antes uma ideia de génio perante a necessidade de sinalizar bem o caminho dos peregrinos.
A história começa de seguinte forma: Em 1983 surge o redescobrimento dos caminhos de Santiago como itinerário cultural no contexto do turismo cultural e religioso europeu e mesmo mundial, muito graças à classificação do “casco histórico” de Santiago de Compostela a Património Mundial no âmbito da UNESCO. As recém-criadas “comunidades autonómicas” (datam de 1978) por onde passam o Caminho Francês (Navarra, Aragão, Astúrias, Castilla, Galiza) uniram esforços para sinalizar os roteiros com azulejos onde se encontrava desenhada a Vieira de Santiago. O problema é que os “peregrinos” (ou digamos turistas) levavam os azulejos como “recuerdo”, escurecendo largos trechos do caminho. Em 1984 o pároco da primeira localidade galega onde entra tanto o caminho francês como primitivo teve uma ideia de génio. Estamos a falar do padre Elias Valiña Sampedro, “O Cura do Cebreiro”, como gostava de ser tratado. Este é o grande impulsionador da dinâmica moderna do Caminho de Santiago, tendo escrito vários livros e guias de auxílio aos peregrinos sobre o Caminho, tendo mesmo obtido o seu doutoramento na Universidade Pontifícia de Salamanca com a tese El Camino de Santiago. Estudio histórico-jurírico”, que defendeu em 1965. Promotor essencial para a melhoria dos traçados do Caminho Francês um dia teve a feliz ideia de pedir uma lata de tinta amarela a uns funcionários de uma obra de melhoramento de uma via em Cebreiro. Como estavam a usar a tinta amarela para sinalização temporária, o padre Elias aproveitou e junto com outros entusiastas do caminho espalharam a tradição de pintar de amarelo a sinalização que doravante iria ao auxiliar os peregrinos a caminho de Compostela. Imune à moda de “levar para casa de recuerdo”, aquele que nomeado por unanimidade comissário do Caminho de Santiago durante o I Encontro Jacobeo celebrado em Compostela em 1985, Elias Sampedro motivou as várias associações que foram sendo criadas para preservar a memória do Caminho e dinamizar a maior peregrinação do Mundo na actualidade a utilizar as setas amarelas ao longo do caminho, retocando-as de tempos a tempos. Agora já sabe, quando vir muitas setas amarelas (iguais, cuidado com as falsas setas que lhe encaminham para uma qualquer loja, etc), sabe que está a pisar o caminho certo que o(a) levará a Santiago de Compostela. Ultreya!











Catedral de Santiago de Compostela
“Abraçar o Santo pode ser «a cereja no topo do bolo» de qualquer visita à Catedral mas acreditem que isso nem é o melhor... tudo depende do motivo do passeio. Estar sentado em silêncio, em oração, meditação ou contemplação e ver o vaivém de pessoas nos mais diferentes actos de fé já vai ser motivo para reflexão... mas ter a capacidade de se desapegar do que não quer, escrevê-lo num papelinho e deixá-lo na capela mais antiga para que à noite seja queimado pelas freiras dominicanas, pode ser a catarse e o ponto de viragem de uma vida. A não perder.”
In: Tripadvisor


José De Almeida Basto


SANTIAGO DE COMPOSTELA – LOCAL DE CULTO ANTERIOR AO CRISTIANISMO

A Europa está coberta por um vasto sistema de linhas de energia. Este sistema de linhas de energia tem a sua origem no monte Pamir (por sinal uma das montanhas sagradas dos arianos), estendendo-se até Teerão, onde se divide. Uma das bifurcações vai para a Rússia ocidental, enquanto a outra segue em direcção a Jerusalém, onde volta a dividir-se. Uma das novas linhas continua até às Pirâmides, indo depois para África, enquanto a outra penetra na Europa através de Chipre, Rodes e Santorini.
Montanhas sagradas europeias e santuários de peregrinação, como Santiago de Compostela, na Galiza, estão todos ligados a este sistema de energia com origem no monte Pamir.

Daí que as peregrinações ao local de culto de Santiago de Compostela já se fizessem na antiguidade, muito antes de ter surgido o cristianismo. A actual catedral foi erigida por cima de templos druídicos e romanos.
Assim, não constitui surpresa verificarmos que ao longo da história encontramos o fenómeno de apropriação de lugares sagrados ou mágicos e que, quando uma religião nova chega pela primeira vez a um território, tenha a tendência de substituir a fé anterior, tomando para si os antigos locais sagrados, os santuários. Esta tem sido a fórmula encontrada para o sucesso da nova religião que, assim, não rechaça de forma brusca a antiga crença, antes aceitando os antigos locais de culto para uso próprio.
A cristianização é o caso mais concreto da forma como eram transformados os antigos templos de culto, de cariz pagão, em templos de tradição religiosa cristã, bastando para o efeito colocar uma imagem ou uma cruz em cima do monumento, sendo este muitas vezes um megálito, sobretudo em Portugal e na costa atlântica europeia.
A título de curiosidade, é importante lembrar que Portugal também possui uma linha energética recta, que vai de Santiago de Compostela a Tomar.
in Eduardo Amarante, “Templários”, vol. 1





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