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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quarta-feira, 19 de julho de 2023

OS SÍMBOLOS INFLUEM MAIS DO QUE PARECE

Mais de noventa anos antes do republicano Junqueiro digladiar, na famosa polémica, a defesa da bandeira azul e branca, (inesperadamente) ao lado dos constitucionais monárquicos depostos, identificando a conjugação como súmula do nosso espírito e destino, apesar de ignorar o elemento congregador (a coroa), outra discussão palpitava nos ânimos, quando a nação batia-se entre a legitimidade de D. Miguel e a usurpação de D. Pedro.
Quando, após as cortes de 1821, os liberais passaram a adoptar a bandeira azul e branca, Frei Fortunato de São Boaventura não deixou de atacar, acusando os liberais de serem "uma facção, que odiando a glória, e honra da Nação, mudou as Bandeiras, o pavilhão Português com o qual fizemos tremer a África, a Ásia, e a América; é uma facção tão anti-nacional, que substituiu aquele estandarte sempre vencedor, sempre glorioso, por outro que não sendo o Português, é o da rebelião".
Contrariando a estética liberal os miguelistas recuperam a cor do laço real: o vermelho, cor da Casa de Bragança. E o próprio laço será recriado como símbolo nacional da união entre o rei e o povo. Aliás, o laço português azul-escarlate fora introduzido em 1796, populariza-se durante as Invasões Francesas, é usado durante a guerra Peninsular e, por fim, pelos partidários fieis a D. Miguel, enquanto os "malhados" trocam as cores pátrias do laço pelo azul e branco. Mais do que estética é uma afirmação política, mais do que dicotomia é uma representação de força. Observará um certo deputado da época: "os símbolos influem mais do que parece".

 



Daniel Sousa

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