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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

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quinta-feira, 20 de julho de 2023

O BRASIL E A REVOLUÇÃO LIBERAL DO PORTO

A Revolução do Porto, ou, Revolução Liberal do Porto, é o nome dado a um acontecimento histórico em 1820, e basicamente exigia que Dom João VI retornasse a Portugal, e que se restaurasse o Brasil como colónia portuguesa. Dom João VI estava no Brasil desde 1808 devido aos conflitos com os franceses e os ultimatos de Napoleão Bonaparte dirigidos a Portugal pressionando-o a aderir o bloqueio continental. Em suma, Portugal se recusou a aderir o bloqueio pois tinha importantes parcerias de mercado com Inglaterra e seus aliados.

Após Dom João VI e a corte ir para o Brasil, uma série de medidas passaram a ser tomadas com intuito de dar autonomia para o povo que vivia em terras brasileiras, como por exemplo a abertura dos portos para países amigos, elevação do Brasil a reino unido e também as acções que eram dirigidas a Portugal passaram a ser tomadas no Rio de Janeiro, e não mais em Lisboa.

Aqui temos um dos principais factos que foram motivo de revoltas por parte dos portugueses, Portugal foi ocupado por Napoleão até 1810, que foi quando o exercito inglês conseguiu expulsar os franceses. Alem disso, a abertura dos portos brasileiros gerou uma grave crise em Portugal, pois sem o monopólio sob os portos brasileiros, a economia de Portugal despencou enquanto outros parceiros começaram a ter mais acesso a insumos que antes eram totalmente de posse dos portugueses.

Ao meio desses factores, em 24 de Agosto de 1820 na cidade do porto, foi formado a Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, o principal objectivo era diminuir o poder da monarquia portuguesa, pois eram contra o absolutismo, e também manter o Brasil como colónia de Portugal, para que se mantivesse o poder de actividades económicas e portuárias das terras brasileiras.

A chamada Revolução Liberal do Porto logo se espalhou em Portugal, e em pouco tempo contava com apoio da nobreza, do clero e parte do exercito português. Até que em Setembro de 1820 o movimento chegou na capital Lisboa, criando um governo interino e uma assembleia constituinte.

A força e a repercussão da revolução obrigou Dom João VI que voltasse a Portugal, deixando o trono no Brasil sob controle de seu filho, Dom Pedro. Dom João VI teve de jurar fidelidade absoluta a constituição recém-promulgada em 1° de Outubro de 1822. Mas aquilo não bastou para os revolucionários de Portugal, que queriam também Dom Pedro sob submissão de Portugal, e exigiam sua saída do Brasil.

Não somente Dom Pedro, mas também a elite colonial brasileira era contra seu retorno a Portugal, e com amplo apoio da população, no dia 9 de Janeiro de 1822, declarou a sua permanência no pais, “Se for para o bem de todos e a felicidade geral da nação, estou pronto! Diga ao povo que fico”. Esse dia entrava para a história brasileira como o Dia do Fico.

Nesse período, Dom Pedro se aproximou de José Bonifácio, tornando-o seu conselheiro oficial, facto que entraria para história como sendo o patriarca da independência brasileira, já que Bonifácio instigou a Dom Pedro que tornasse o Brasil uma terra independente da coroa portuguesa, desejo que muitos também diziam vir de seu pai Dom João.

Como Portugal não parava de tomar medidas e fazer pressão para que acontecesse o retorno da colonização portuguesa, a partir de uma carta escrita por Bonifácio e dirigida a imperatriz Leopoldina, Dom Pedro declarava que o Brasil não seria novamente uma colónia portuguesa, e então no dia 7 de Setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga, foi proclamada a Independência do Brasil, e meses depois, Dom Pedro foi coroado como primeiro imperador brasileiro. 

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