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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

sexta-feira, 21 de julho de 2023

EM 21 DE JULHO DE 1564 MORRIA MARTIM AFONSO DE SOUSA

Martim Afonso de Sousa, *Évora, Vila Viçosa, 1490 - †Lisboa, Lisboa, 21.07.1564, era filho de Lopo de Sousa, Senhor de Prado e de D. Brites de Albuquerque; Neto paterno de Pero de Sousa, 1º Senhor de Prado (*1425) e de D. Maria Pinheiro e neto materno de João Rodrigues de Sá, Senhor de Sever (*1430) e de D. Joana de Albuquerque (*1430). Martim Afonso de Sousa, era descendente, por via paterna e materna de Dom Afonso Henriques, e por via paterna de Martim Afonso Chichorro, filho bastardo de Dom Afonso III.
Martim Afonso de Sousa, foi um nobre, militar e administrador colonial português. Foi o primeiro donatário da Capitania de São Vicente (1533-1564) e governador da Índia (1542-1545). Jaz em São Francisco de Lisboa.
Notas biográficas:
Martim Afonso de Sousa foi um dos mais ilustres guerreiros e navegadores de seu tempo, iniciou a colonização metódica do Brasil.
Construiu o 1º Engenho de Açúcar em Santos/Brasil (1534) e ali «nasceu» a cachaça (subproduto do açúcar) para conservar a carne de porco (cachaço).
Linhagem:
Martim Afonso de Sousa descendia dos Sousa Chichorro, cujo varão da geração inicial foi Martim Afonso Chichorro, filho bastardo de Dom Afonso III, o qual foi elevado a altas posições sociais, políticas e económicas, no reinado de seu meio irmão El-Rei Dom Dinis de Portugal. O mesmo Martim Afonso Chichorro teve um filho homónimo com Inês Lourenço de Valadares. Este último teve um filho chamado Lopo Martins de Sousa que já em avançada idade (naquele tempo) participou nas Cortes de Coimbra, e contribuiu para aclamação de Dom João I. Seu filho, chamado, Martim Afonso de Sousa, combateu na Batalha de Aljubarrota na qual integrou a chamada "ala dos namorados", composta por cavaleiros que juraram que se escapassem com da vida da batalha, correriam imediatamente para os braços das suas namoradas.
Martim Afonso de Sousa escapou com vida à batalha e correu imediatamente para os braços de sua namorada que, por sinal, era abadessa de um mosteiro beneditino. Desta ligação nasceu um filho sacrílego (isto é, concebido em violação de votos públicos e solenes), ao qual puseram o mesmo nome do pai: Martim Afonso de Sousa.
Este último casou-se com Violante Lopes de Távora e teve um filho, Pero de Sousa, que se casou com Maria Pinheiro.
Deste casamento nasceu Lopo de Sousa, Senhor do povoado do Prado, Alcaide-mor de Bragança, que se casou com Brites de Albuquerque. Deste casamento nasceu Martim Afonso de Sousa, Senhor do Prado e Alcoentre, capitão-mor da Armada que veio ao Brasil em 1530. Martim Afonso teve quatro irmãos: Catarina de Albuquerque, Isabel de Albuquerque, João Rodrigues de Sousa (Capitão na Armada do Estado Português da Índia) e Pero Lopes de Sousa (Capitão na Armada comandada pelo irmão mais velho, que chegou ao Brasil em 1530).
Cronologia (Geneall):
03.12.1530 Parte de Lisboa a expedição de Martim Afonso de Sousa que resultaria na instalação administrativa da primeira cidade do Brasil.
13.03.1531 Martim Afonso de Sousa chega à Baía.
30.04.1531 Martim Afonso de Sousa desembarca no lugar que, mais tarde, seria a cidade do Rio de Janeiro.
28.09.1532 Carta de Dom João III a Martim Afonso de Sousa informando a intenção de povoar a costa brasileira.
10.10.1532 Martim Afonso de Sousa doa uma sesmaria nos campos de Piratininga a Brás Cubas.
21.07.1564 Morte de Martim Afonso de Sousa.
Vida e carreira:
Estudou Matemática, Cosmografia e Navegação. Deixou o serviço do Duque de Bragança para servir El-Rei Dom João III que era seu amigo de infância: «como era de um espírito elevado e queria esfera onde se dilatasse em coisas grandes, largou a Alcaidaria-mor de Bragança e outras mercês que tinha do Duque, para servir ao Príncipe Dom João, filho de El-Rei Dom Manuel. Depois foi a Castela e esteve algum tempo em Salamanca; voltando a Portugal, El-Rei Dom João III, que já então reinava, o recebeu com muita estimação e honra porque Martim Afonso de Sousa foi um fidalgo em quem concorreram muitas partes, porque era valoroso, dotado de entendimento e talento grande».
Acompanhou a rainha viúva Dona Leonor de Áustria a Castela, onde se casou com Ana Pimentel de ilustre família espanhola cerca de Junho de 1523. Aí lutou ao serviço do Imperador Carlos V contra os franceses.
Iniciou a sua carreira de homem de mar e guerra ao serviço de Portugal em 1531 na armada que El-Rei Dom João III que determinou manda-lo ao Brasil, cerca de 1530, indicado por seu primo-irmão D. Antônio de Ataíde, Conde da Castanheira, Fidalgo do Conselho Real e usufruindo da amizade e confiança de El-Rei Dom João III.
O Brasão da família Sousa:
Segundo o Livro de Linhagens do Conde D. Pedro, a Família Sousa pertence às 5 famílias mais antigas e importantes do Reino de Portugal; tendo dado origem a vários Condes e Mordomos-Mores nos séculos XII e XIII. No século XIII perdeu a varonia, sendo que as herdeiras foram casadas com bastardos reais filhos dos reis de Portugal e de Leão. Por isso mesmo as armas dos Sousas do Prado consistem no cruzamento das armas do Reino de Portugal com o Leão do Reino de Leão e não contêm qualquer referência às armas originais dos Sousa (4 crescentes de prata).
O Brasão de Armas de Martim Afonso de Sousa, é descrito da seguinte forma:
Esquartelado: o primeiro e o quarto de prata, com cinco escudetes de azul postos em cruz, cada escudete carregado de cinco besantes do primeiro metal, postos em sautor; o segundo e o terceiro de prata com um leão rampante de púrpura. Timbre: o leão do escudo.


(Fontes: Investigação de António Carlos Janes Monteiro, GeneAll e Wikipédia)


HISTÓRIA, GENEALOGIA e HERÁLDICA - António Carlos Godinho Janes Monteiro 

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