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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quarta-feira, 19 de julho de 2023

DONA FILIPA DE LENCASTRE MORREU A 19 DE JULHO DE 1415

A 19 de Julho de 1415, morre, em Odivelas, vitimada pela peste bubónica, a rainha D. Filipa de Lencastre, esposa de D. João I e mãe da Ínclita Geração.
Nascida em Leicester, na Inglaterra, em Março de 1360, foi baptizada como Philippa of Lancaster.
Era filha de João de Gante, 1.º Duque de Lencastre e de sua mulher Branca de Lencastre.
O casamento com D. João I, Mestre de Avis e primeiro rei da segunda dinastia portuguesa, ocorreu na cidade do Porto, em 1387.
Este enlace foi acordado no âmbito da Aliança Luso-Inglesa contra o eixo França-Castela.
Fernão Lopes na Crónica de el-rei D. João I, atribui a esta rainha uma generosidade extrema que em muito contribuiu para a estima que o povo por ela nutria. Retrata-a, ainda, como possuidora de uma cultura muito acima da média, tendo introduzido bons costumes na corte portuguesa, incluindo boas maneiras à mesa.
Todos os seus filhos que chegaram à idade adulta (Ínclita Geração) ficaram conhecidos na Europa pela instrução esmerada que esta lhes transmitiu:
Infante D. Duarte (1391-1438), rei de Portugal (1433-1438)
Pedro, Duque de Coimbra (1392-1449), muito viajado, ficou conhecido como Príncipe das Sete Partidas. Considerado o príncipe mais culto da sua época, foi regente de Afonso V de Portugal, tendo falecido em combate na Batalha de Alfarrobeira.
Henrique, Duque de Viseu (1394-1460). Conhecido como Henrique, O Navegador, foi o impulsionador dos Descobrimentos portugueses.
Isabel de Portugal, Duquesa da Borgonha (1397-1471), Casou-se com Filipe III, Duque da Borgonha. Em nome do marido, actuou como a verdadeira governante daquela província francesa.
João, Infante de Portugal (1400-1442), mestre da Ordem de Santiago e condestável de Portugal (1431-1442). Foi avô da rainha Isabel de Castela e do rei Manuel I de Portugal.
Fernando, o Infante Santo (1402-1433). Foi feito prisioneiro pelos muçulmanos tendo morrido cativo em Fez, devido à recusa do Infante D. Henrique em devolver Ceuta.
D. Filipa faleceu uns dias antes da partida da expedição portuguesa a Ceuta, estando sepultada na Capela do Fundador do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, mais conhecido como Mosteiro da Batalha.


José De Almeida Basto


19 de Julho de 1415: Morre Dona Filipa de Lencastre, Rainha Consorte de Portugal, mulher d'El Rei Dom João I.
Dona Filipa de Lencastre, Princesa de Inglaterra e Rainha de Portugal, * Leicester Castle 31.03.1360 - † Mosteiro de Odivelas 19.07.1415, era filha de João de Gant, Duque de Lencastre e de Branca de Lencastre; Neta paterna de Eduardo III, Rei de Inglaterra e de Filipa de Hainaut e neta materna de Henrique de Grosmont, 1 º Duque de Lencastre e de Isabel de Beaumont.
Dona Filipa de Lencastre foi casada com o nosso Rei Dom João I e foi mãe dos Infantes da "...Ínclita Geração...".
Dona Filipa de Lencastre era filha de João de Gant, 1.º Duque de Lencastre e de sua mulher Branca de Lencastre.
Quando tinha dezoito anos, foi-lhe atribuída a distinção inglesa da Ordem da Jarreteira, o que anos mais tarde, contribuiria para a sua imagem de rainha santa. Tornou-se rainha consorte de Portugal através do casamento com o rei Dom João I, celebrado em 1387 na cidade do Porto, e acordado no âmbito da Aliança Luso-Inglesa contra o eixo França-Castela.


As rainhas de Portugal contaram, desde muito cedo, com os rendimentos de bens adquiridos na sua grande maioria por doação. Dona Filipa de Lencastre recebeu de Dom João I as rendas da alfândega de Lisboa e das vilas de Alenquer, Sintra, Óbidos, Alvaiázere, Torres Novas e Torres Vedras. A Crónica de el-rei Dom João I, de Fernão Lopes, retrata a rainha como generosa e amada pelo povo. Os seus filhos, que chegaram à idade adulta, seriam lembrados como a "ínclita geração", de príncipes cultos e respeitados em toda a Europa. Dona Filipa morreu de peste bubónica nos arredores de Lisboa, poucos dias antes da partida da expedição a Ceuta. Actualmente, a tese mais aceite ressalta que ela faleceu no convento de Odivelas, conforme é possível constatar nos trabalhos de Francisco Benevides, Manuela Santos Silva e Ana Rodrigues. Está sepultada na Capela do Fundador do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, ao lado do seu esposo.



Ascendência:
Dona Filipa de Lencastre proveio de duas nobres famílias: a casa régia dos Plantagenetas e a dos Lencastres.
Os seus avós paternos eram o rei Eduardo III e a rainha Filipa de Hainault, enquanto que os maternos eram Henrique de Grosmont e Isabel de Beaumont. O seu pai, João de Gant, ao casar-se com sua mãe, Branca de Lencastre, herdou o ducado do seu sogro, juntamente com domínios e castelos por toda a Inglaterra e o Principado de Gales, conquistando, assim, maior poder e prestígio para a sua família. Dona Filipa foi a primeira filha do casal, nascendo em Março do ano posterior ao casamento. Recebeu o nome da sua avó paterna, a rainha, que também foi sua madrinha.
Vida na Inglaterra:
No que se refere ao estudo das línguas, Dona Filipa de Lencastre foi educada à maneira nobre e aristocrática, isto é, aprendeu latim suficientemente para ler livros litúrgicos, além de francês e inglês para ler romances ou livros de instruções. Foi ensinada a agir de acordo com as virtudes femininas apreciadas na época, tais como modéstia, humildade e pureza espiritual.
Quando tinha aproximadamente nove anos, vivenciou o falecimento da sua madrinha e avó paterna. Logo em seguida, a sua mãe foi vítima da peste e também morreu. Dona Filipa, então, passou aos cuidados de Catarina Swynford que viria a tornar-se amante de seu pai ainda durante o segundo casamento dele com Constança, filha mais velha e herdeira de Pedro I de Castela.
Os registos de despesas de seu pai mostram que ele era generoso tanto com os seus filhos legítimos como para os membros da sua corte. Essa característica influenciaria a vida de Dona Filipa, que também viveu sob o clima literário da corte de seu pai. Considerado um mecenas, ele foi o seu principal exemplo, inspirando-a a criar o seu próprio círculo de poetas através de um grupo cortesão de leitura conhecido como "A flor e a folha". O poeta Eustache Deschamps, membro desse grupo, dedicou a Dona Filipa um poema no qual a comparava a uma flor. Tratava-se de um reconhecimento por seu notável papel no incentivo à literatura inglesa.


Descendência:
Dona Filipa correspondeu ao papel esperado da rainha medieval em assegurar a continuidade da linhagem e do património. Tal como seu pai, ela incitou a apreciação pela cultura nos seus filhos, os futuros monarcas. Consequentemente, eles foram figuras que funcionaram como modelos a serem seguidos pela sociedade. Os romances de cavalaria medieval agradavam à rainha. A ênfase em aventuras, virtudes cavaleirescas e valores da espiritualidade cristã contribuíram para moldar a educação dos príncipes pelos ideais expressos nos códigos de cavalaria: justiça e rectidão.
Os nomes dos filhos homenageavam tanto membros da família de Dom João I quanto de Dona Filipa, o que mostra o respeito dos reis pelos seus antepassados.
Do seu casamento, nasceram:
  • Dona Branca de Portugal (13 de Julho de 1388 – 6 de Março de 1389), morreu jovem, antes de completar um ano de idade. O seu nome honrava a mãe de Dona Filipa, Branca de Lencastre. Jaz na Sé de Lisboa.
  • Dom Afonso de Portugal (1390 – 1400), morreu jovem. Recebeu o mesmo nome que Dom Afonso Henriques, o rei fundador de Portugal.
  • Dom Duarte de Portugal (1391 – 1438), sucessor do pai no trono português, poeta e escritor. O seu nome homenageava simultaneamente seu bisavô materno, Eduardo III, e o tio-avô Eduardo, o Príncipe Negro.
  • Dom Pedro, 1.º Duque de Coimbra (1392 – 1449), recebeu o nome de seu avô paterno, o rei Dom Pedro I de Portugal. Foi um dos príncipes mais esclarecidos do seu tempo, sendo regente durante a menoridade do seu sobrinho, o futuro rei Dom Afonso V. Tornou-se cavaleiro da Ordem da Jarreteira, a mesma a que seus pais pertenciam. Morreu na batalha de Alfarrobeira.
  • Dom Henrique, Duque de Viseu, O Navegador (1394 – 1460), recebeu esse nome em homenagem ao bisavô, Henrique de Grosmont, ou ao tio materno, o rei Henrique IV da Inglaterra. Investiu a sua fortuna em investigação relacionada com navegação, náutica e cartografia.
  • Dona Isabel (1397 – 1471), casou com Filipe III, Duque da Borgonha e entreteve uma corte refinada e erudita nas suas terras. O seu nome homenagearia suas duas linhagens: a paterna, com a rainha Santa Isabel de Portugal e a materna, através da tia Isabel ou da bisavó, Isabel de Beaumont.
  • Dona Branca de Portugal (11 de Abril de 1398 - 27 de Julho de 1398), morreu jovem, jaz na Sé de Lisboa.
  • Dom João, Infante de Portugal (1400 – 1442), condestável de Portugal e avô de Isabel de Castela. O seu nome foi escolhido em honra de seu pai e de seu avô, João de Gant.
  • Dom Fernando, o Infante Santo (1402 – 1443), morreu no cativeiro em Fez. O seu nome foi uma homenagem ao tio paterno, o rei Dom Fernando I de Portugal.
Morte:
Desde o início de 1415, a peste bubónica invadia Lisboa e Porto. Os reis refugiaram-se em Sacavém, mas os longos e frequentes jejuns, orações e vigílias da rainha enfraqueciam e debilitavam o seu corpo. Dona Filipa dedicava-se espiritualmente ao sucesso na Tomada de Ceuta, empreendimento em que seu marido e seus filhos Henrique, Pedro e Duarte participaram. Contudo, com as constantes entradas e saídas de mensageiros e contactos, a peste acabou por chegar a Sacavém. O rei abrigou-se em Odivelas, mas a rainha preferiu ir depois. Quando chegou, em Julho do mesmo ano, já estava doente.
De acordo com a Crónica da Tomada de Ceuta, de Gomes Eanes de Zurara, Dona Filipa sentiu a morte aproximar-se, preparando-se para a viagem eterna ao cumprir os ritos da boa morte. Confessou-se, comungou e recebeu a extrema-unção. Quando os clérigos acabaram de rezar, no dia 19 de Julho de 1415, faleceu, no Mosteiro de Odivelas. Inicialmente foi sepultada em Odivelas, onde tinha falecido. No ano seguinte, os seus restos mortais seguiram para o Mosteiro de Santa Maria da Vitória (Mosteiro da Batalha), por ordem de seu marido. Mais tarde, o local abrigou túmulos de outros membros da dinastia de Avis, tais como os de seus filhos. Com excepção de Dom Duarte, que construiu o seu próprio panteão.
A "Ínclita Geração" está sepultada na Capela do Fundador do Mosteiro da Batalha, primeiro panteão régio a ser construído em Portugal.
Cronologia (Geneall):
01.11.1386 Tratado de Aliança entre D. João I e o duque de Lancastre, como rei de Castela que prevê o casamento de sua filha, Filipa com o rei português.
02.02.1387 No Porto, casamento de D. João I com Filipa de Lancastre.

(Fontes: Investigação de António Carlos Janes Monteiro, GeneAll e Wikipédia)

HISTÓRIA, GENEALOGIA e HERÁLDICA - António Carlos Godinho Janes Monteiro 

♔ | 19 de Julho de 1415 - Morre a Rainha D. Filipa de Lencastre

A Rainha Dona Filipa de Lencastre (em inglês: Philippa of Lancaster; Leicester, c. Março de 1360 — Odivelas, 19 de Julho de 1415), nasceu no Castelo de Leicester e era uma princesa inglesa da Casa de Lencastre, filha mais velha de John de Gaunt ou Gante, 1.º Duque de Lencastre iuris uxoris , i.e., "em direito de uma esposa", e de Blanche de Lancaster. Neta do Rei Eduardo III de Inglaterra, quando tinha 18 anos, Lady Philippa foi agraciada com a dignidade inglesa de Dama da Ordem da Jarreteira.

Lady Philippa foi primorosamente educada para uma mulher da época e estudou ciências com Frei John, poesia com Jean Froissart, e filosofia e teologia com John Wycliffe.

Foi no encontro com John of Gaunt, pai de Philippa, para negociar o apoio que o monarca português poderia dar à causa do duque inglês - que se proclamava rei de Leão e Castela e queria reconquistar o trono -, em Ponte de Mouro a 1 de Novembro de 1386, que D. João I tomou a decisão de casar com Philippa of Lancaster.

Assim, D. Filipa de Lencastre chegou a Portugal, com 27 anos – idade pouco comum para a época – e casa com D. João I, a 2 de Fevereiro de 1387, no Paço Episcopal anexo à Sé Catedral da cidade do Porto, tornando-se Rainha-consorte de Portugal. O matrimónio, esse, foi comemorado por todo o reino durante quinze dias, cimentando a Aliança Luso-Britânica. Em 1372, El-Rei D. Fernando de Portugal e o poderoso magnate inglês John de Gaunt, Duque de Lencastre (filho de Eduardo III de Inglaterra) firmaram uma aliança contra Castela e Aragão, que o duque se preparava para guerrear, aliança cimentada no Tratado Anglo-Português de 1373, e que é mais antiga aliança diplomática do mundo ainda em vigor. Foi com base neste Tratado de aliança que os ingleses, com os seus poderosos arqueiros, lutaram ao lado da Casa de Avis na Batalha de Aljubarrota, em 14 de Agosto de 1385. Depois dos ingleses lutarem ao lado dos portugueses contra os castelhanos e franceses na batalha, foi assinado o Tratado de Windsor, em 9 de Maio de 1386, com o intuito de renovar a Aliança. Foi no âmbito desta aliança que se organizou o casamento entre o Rei D. João I e a Princesa Philippa, para cimentar as relações e a aliança anglo-portuguesa.

Casamento de D. João I e D. Filipa de Lencastre, excerto da ‘Crónica de D. João I’ de Fernão Lopes:

‘E El Rei saiu daqueles paços em cima de um cavalo branco, em panos de ouro realmente vestido; e a rainha em outro tal, mui nobremente guarnida. Levavam nas cabeças coroas de ouro ricamente obradas de pedras de aljofar e de grande preço, não indo arredados um do outro, mas ambos a igual. Os moços de cavalos levavam as mais honradas pessoas que eram e todos de pé muito corregidos. E o arcebispo levava a Rainha da rédea. Diante iam pipas e trombetas e outros instrumentos que se não podiam ouvir. Donas filhas dalgo isso mesmo da cidade cantavam indo de trás, como é costuma de bodas. A gente era tanta que se não podiam reger nem ordenar pelo espaço que era pequeno dos paços à igreja e assim chegaram à porta da Sé, que era dali muito perto, onde dom Rodrigo, bispo da cidade, já estava festivalmente em pontifical revestido, Esperando com a cleresia. O qual os tomou pelas mãos, e demoveu a dizer aquelas palavras que a Santa Igreja manda que se digam em tal sacramento. Então disse a missa e pregação; e acabou seu ofício, tornaram El Rei e a Rainha aos paços donde partiram com semelhante festa, onde haviam de comer. As mesas estavam já guarnidas e todo o que lhe cumprira; não somente onde os noivos haviam de estar, mas aquelas onde era ordenado de comerem bispos e outras honradas pessoas de fidalgos e burgueses do lugar e donas e donzelas do paço e da cidade. E o mestre-sala da boda era Nuno Álvares Pereira, Condestável de Portugal; servidores de toalha e copa e doutros ofícios eram grandes fidalgos e cavaleiros, onde houve assaz de iguarias de desvairadas maneiras de manjares. Enquanto o espaço de comer durou, faziam jogos à vista de todos, homens que o bem sabiam fazer, assim como trepar em cordas e tornos de mesas e salto real e outras coisas de sabor; as quais acabadas, alçaram-se todos e começaram a dançar, e as donas em seu bando cantando a redor com grande prazer.’

Chegada à corte portuguesa, D. Filipa não negou a Sua estirpe, e tratou de implementar o protocolo, etiqueta e regras do seu país natal. Também, a praxe das refeições foi alterada introduzindo se o hábito de se lavar as mãos antes e depois das refeições, os alimentos passam a ser manuseados de forma higiénica. Desempenhou, também, um importante papel na política da Corte e, apesar de não mais ter pisado solo inglês, não se manteve alheia da inglesa, correspondendo-se por carta com o pai e irmão o Rei Henry IV.

Do casamento com D. João I nasceu a Ínclita Geração: D. Duarte, de seu verdadeiro nome Edouard – influência inglesa da mãe -, que foi rei; o Infante D. Pedro, Duque de Coimbra senhor de grande cultura , conhecido como o "Príncipe das Sete Partidas"; o Infante D. Henrique, Duque de Viseu e promotor e impulsionador dos Descobrimentos marítimos Portugueses; D. Isabel, mais tarde Duquesa de Borgonha, sábia administradora do território governado pelo seu marido, Filipe, o Bom; o Infante D. João, designado em 1418, Mestre da Ordem de Santiago de Espada; e o Infante D. Fernando, conhecido como o "Infante Santo", que morreu, em Fez. Ilustres filhos a que não foi alheia a educação ministrada pela Mãe.

A Rainha D. Filipa de Lencastre participou ainda com as suas ideias na idealização e construção do Mosteiro da Batalha. Não menos importante foi o seu incentivo à expedição a Ceuta.

A Rainha foi tocada pela peste em 1415, morrendo a 19 de Julho, poucos dias antes da partida da expedição a Ceuta.

A 21 de Agosto de 1415 o exército Português sob o comando d’El-Rei D. João I de Portugal, desembarca em Ceuta, conquistando a cidade norte-africana.

Finda uma noite de intensa peleja, pela manhã de 22 de Agosto, Ceuta estava abduzida pelas tropas portuguesas, e coube a D. João Vasques de Almada hastear a bandeira de Ceuta, com os gomos brancos e pretos como na bandeira de Lisboa, e com o então brasão de armas do Reino de Portugal ao centro, e que perdura até aos dias de hoje.

Após a tomada da mais bela e mais florescente cidade da Mauritânia, no norte de África, El-Rei Dom João I procede ao ritual de armar cavaleiros os filhos D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique, que se haviam ilustrado pelas armas no campo de batalha.

Após a Santa Missa, os três Infantes, usando reluzentes armaduras, foram armados cavaleiros pelo Rei seu Pai, com a espada abençoada pela Rainha Dona Filipa de Lencastre, mulher de D. João I e mãe de tão Ínclita Geração.

Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica

‘Que enigma havia em teu seio
Que só génios concebia?
Que arcanjo teus sonhos veio
Velar, maternos, um dia?
Volve a nós teu rosto sério,
Princesa do Santo Gral,
Humano ventre do Império,
Madrinha de Portugal!’


Fernando Pessoa
Sétimo (II): D. FILIPA DE LENCASTRE 


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