OS JOVENS CARDEAIS DA IGREJA LATINA

Uma prática comum durante a Baixa Idade Média e o Renascimento foi a nomeação de cardeais em tenra idade. Isso era uma tradição entre as famílias aristocráticas italianas, como os Médici. Aqui vemos o pequeno Giovanni di Cosimo I de Médici, destinado para a carreira eclesiástica desde o seu nascimento, visto que o primogénito, Francesco, foi destinado para ser o herdeiro político e militar da família. Com apenas 16 anos, depois de já ter sido feito arcebispo de Pisa, Giovanni foi criado cardeal de Santa Maria in Domnica, pelo Papa Pio IV no consistório de 31 de Janeiro de 1560. O jovem cardeal morreria dois anos depois, com apenas 19 anos, vítima de tuberculose.

Cardeal vem do latim cardinalis que significa principal ou essencial. Aqui temos uma curiosidade, cardeal também é um título de nobreza. Nessa época, os cardeais poderiam ser nomeados sem o sacramento da ordem, ou seja, alguns deles não eram sacerdotes, como o caso dos "cardeais-sobrinhos", termo que designa a nomeação de parentes do Papa de Roma, como sobrinhos ou até mesmo filhos ilegítimos ao cardinalato. O Papa Paulo III, por exemplo, foi nomeado cardeal na juventude, mas só foi ordenado sacerdote de facto muitos anos depois.

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