Surpreenda-se com a história do maior rei alemão da sua história moderna, Frederico II o grande da Prússia.
Nascido em Berlim em 24 de Janeiro de 1712. Foi o terceiro rei da Prússia e filho de Frederico Guilherme I. Na sua juventude, estava mais interessado em música e filosofia do que na arte da guerra. Diz-se que ele reuniu uma biblioteca secreta com mais de 3000 volumes de poesia, literatura grega e romana e filosofia francesa. Também teve correspondência com os filósofos do Iluminismo.
Essa tendência o enfrentou com seu pai, que tinha um carácter autoritário. O relacionamento foi tão ruim que em 1730, aos 18 anos, tentou escapar ao lado de seu confidente Hans Hermann von Katte e outros oficiais. No entanto, eles foram presos e julgados por deserção e Frederico teve que testemunhar a execução do seu amigo de 15 anos.
Em 1733 casou-se com Isabel de Brunswick-Bevern, pela qual Frederico não estava apaixonado. O Príncipe é readmitido no exército e aprende com o Príncipe Eugénio de Sabóia durante a guerra de sucessão polaca (1733-1738)
O Rei Frederico Guilherme dá a Frederico o Palácio de Rheinsberg onde o príncipe reúne músicos, artistas, actores e filósofos, incluindo Voltaire. Esse tempo o considera como um dos mais felizes da sua vida. Até publicou um livro anónimo chamado AntiMaquiavel.
O seu cultivo das artes terminou em 1740 quando seu pai morre e se tornou rei. O sacro imperador Carlos VI também morreu e deixou a sua filha Maria Teresa como virtual sucessora, no entanto, Carlos Alberto da Baviera disputou-lhe o trono.
Frederico aproveitou a situação para conquistar a Silésia, pela qual teve que lutar duas guerras contra a Áustria entre 1740 e 1748 e outra na guerra dos Sete Anos de 1756 a 1763. Foi nessas lutas que ele adquiriu o título de Grande, pois lutou com poucos recursos humanos e económicos, contra nações superiores. No entanto, a sua genialidade residiu em desenvolver uma diplomacia astuta para se aliar com a França ou a Grã-Bretanha para equilibrar os austríacos e manter um exército disciplinado, treinado, eficaz e competente que lhe deu grandes vitórias, embora não tenha sido isento de derrotas e até tenha chegado a pensar no suicídio após um desastre. Graças ao seu trabalho, os territórios dos reis prussianos foram significativamente aumentados com a aquisição da Silésia, retirada dos Habsburgo e da Prússia Oriental, retirada da Polónia.
Frederico modernizou a burocracia e a administração pública, reformou o sistema judicial e apoiou o desenvolvimento das letras e das artes, embora não tenha sido isento de censurar a imprensa.
Frederico é lembrado como um líder capaz e militarmente brilhante e agressivo, que transformou a Prússia numa potência europeia, seria o germe da Alemanha actual. A sua capacidade despertou a admiração de toda a Europa e isso lhe conferiu grande prestígio. Foi o exemplo de rei ilustrado. Suas maiores vitórias foram em Hohenfriedberg, Rossbach e Leuthen. Sua genialidade residiu no uso da ordem oblíqua e na rápida mobilidade das suas tropas, o que o conferiu como um grande táctico.
Morreu em 1786, sentado em um sofá do seu estúdio no palácio de Sanssouci. Não concebeu filhos e sucedeu-lhe o sobrinho Frederico Guilherme II.
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