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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

sábado, 29 de julho de 2023

EM 29 DE JULHO CELEBRAM-SE OS SANTOS MARTA, MARIA E LÁZARO

 

Santos Marta, Maria e Lázaro

Marta, Maria e Lázaro, personagens bíblicas do novo testamento, eram irmãos e residiam em Betânia, nas proximidades de Jerusalém. Jesus era amigo desta família e era recebido em sua casa quando estava de passagem.

O Evangelho refere duas respostas que Marta, a primogénita e dona da casa, recebeu de Jesus em duas ocasiões diferentes, as quais valem também para nós:

A primeira, quando se queixou de que Maria, «sentada aos pés do Senhor, escutava a sua palavra», em vez de preparar a comida: «Senhor, não se Te dá que a minha irmã me deixe só a servir? Diz-lhe que me venha ajudar. - Marta, Marta, respondeu Ele, andas inquieta e perturbada com muitas coisas; uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que lhe não será tirada» (Lc 10, 40-41). Por outras palavras: Uma vez que a nossa sorte eterna se decide cá na terra, e se decide uma vez só, são mais prudentes aqueles para quem este assunto se antepõe a todos os outros, regulando eles a própria vida em consequência com ele.

A segunda resposta do Salvador, na ressurreição de Lázaro, traz com que suprimir em nós o medo da morte e satisfazer todas as aspirações do nosso coração. Quando, após a morte do seu irmão, Marta Lhe lembrava que chegara demasiado tarde, «Se Tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido», Jesus, que vai ressuscitar Lázaro, responde: «Eu sou a Ressurreição e a Vida; quem crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá» (Jo 11, 21-25).

Deste episódio extrai-se um dos momentos mais contundentes da vida de Nosso Senhor: quando toma conhecimento da morte do amigo, Jesus comove- se, e chora, demonstrando a afeição e a dor que sentia.  Inteiramente homem, sofre pela perda; inteiramente Deus, ressuscita o amigo para manifestar, assim, a glória do Pai (João 11, 1-45). 

Fonte: Santos de Cada Dia, Editorial Apostolado da Oração






29 de Julho - Santa Marta de Betânia

As Escrituras contam que, em seus poucos momentos de descanso ou lazer, Jesus procurava a casa de amigos em Betânia, local muito agradável há apenas três quilômetros de Jerusalém. Lá moravam Marta, Lázaro e Maria, três irmãos provavelmente filhos de Simão, o leproso. Há poucas, mas importantíssimas citações de Marta nas Sagradas Escrituras.

É narrado, por exemplo, o primeiro momento em que Jesus pisou em sua casa. Por isso existe a dúvida de que Simão fosse mesmo o pai deles, pois a casa é citada como se fosse de Marta, a mais velha dos irmãos. Mas ali chegando, Jesus conversava com eles e Maria estava aos pés do Senhor, ouvindo sua pregação. Marta, trabalhadora e responsável, reclamou da posição da irmã, que nada fazia, apenas ouvindo o Mestre. Jesus aproveita, então, para ensinar que os valores espirituais são mais importantes do que os materiais, apoiando Maria em sua ocupação de ouvir e aprender.

Fala-se dela também quando da ressurreição de Lázaro. É ela quem mais fala com Jesus nesse acontecimento. Marta disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, o meu irmão não teria morrido. Mas mesmo agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Deus dará”.

Trata-se de mais uma passagem importante da Bíblia, pois do evento tira-se um momento em que Jesus chora: “O pranto de Maria provoca o choro de Jesus”. E o milagre de reviver Lázaro, já morto e sepultado, solicitado com tamanha simplicidade por Marta, que exemplifica a plena fé na omnipotência do Senhor.

Outra passagem é a ceia de Betânia, com a presença de Lázaro ressuscitado, uma prévia da última ceia, pois ali Marta serve a mesa e Maria lava os pés de Jesus, gesto que ele imitaria em seu último encontro colectivo com os doze apóstolos.

Esta nobre hospedeira do Senhor queria que sua irmã também se dedicasse a Ele, pois lhe parecia que nada no mundo era demais para servir a um hóspede tão importante. Depois da ascensão do Senhor, quando os discípulos se dispersaram, ela, seu irmão Lázaro, sua irmã Maria Madalena e também o beato Maximino – que os havia baptizado, e ao qual ela tinha sido confiada pelo Espírito Santo – foram, junto com muitos outros, colocados pelos infiéis num navio sem remos, velas, lemes e alimentos. Conduzidos por Deus, chegaram a Marselha. De lá, foram a Aix-en-Provence, onde converteram a população local.

A bem-aventurada Marta era muito eloquente e simpática com todos.

Havia naquela época na região do Ródano, na floresta entre Arles e Avignon, um dragão metade animal, metade peixe, mais gordo que um boi, mais comprido que um cavalo, com dentes cortantes como espadas e pontiagudos como cornos, munido de cada lado de dois escudos. Ele se escondia no rio para afundar barcos e matar todos os que por ali passavam. A pedido do povo, Marta foi até a floresta, onde o encontrou comendo um homem, jogou nele água benta e mostrou-lhe uma cruz. Instantaneamente vencido, imóvel, como uma ovelha, Marta o amarrou com seu cinturão e ele foi morto pelo povo com golpes de lanças e pedradas.

O dragão era chamado pelo povo de Tarascono, e em memória disso o lugar ainda é conhecido por Tarascon, em vez de Nerluc, como antes. Foi aí que a bem-aventurada Marta passou a viver, com a concordância de seu mestre Maximino e de sua irmã, entregando-se a orações e jejuns ininterruptos. Mais tarde, depois de ter reunido um grande número de seguidoras, ela ali levantou uma grande basílica em honra da bem-aventurada Maria sempre virgem.

Os primeiros a dedicarem uma festa litúrgica a santa Marta foram os frades franciscanos, em 1262, e o dia escolhido foi 29 de Julho. Ela se difundiu e o povo cristão passou a celebrar santa Marta como a padroeira do lar, das cozinheiras, donas de casa, faxineiras, casas de hóspedes, hoteleiros, lavadeiras e das irmãs de caridade.

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