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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

terça-feira, 25 de julho de 2023

BATALHA DE OURIQUE - 25 DE JULHO DE 1139

 

“Confia, Afonso, porque não somente vencerás esta batalha, mas todas as outras, em que pelejares contra os inimigos da Cruz. Tua gente acharás alegre para a guerra, e forte, pedindo-te que com nome de Rei entres nesta batalha com título de Rei. Não duvides, mas concede-lhe liberalmente o que te pedirem. Porque Eu sou o que faço e desfaço Reinos e Impérios. E minha vontade é edificar sobre ti e sobre tua geração depois de ti, um Império, para que o meu Nome seja levado a gentes estranhas. E porque os teus sucessores conheçam quem te deu o Reino, fabricarás o teu Escudo de armas com a divisa do preço, com que Eu comprei o género humano, e com o que eu fui comprado dos Judeus. E ser-me-á um Reino santificado, puro na Fé e pela piedade amado.”



BATALHA DE OURIQUE  - 25 de Julho de 1139

A Batalha de Ourique desenrolou-se muito provavelmente nos campos de Ourique, no actual Baixo Alentejo (sul de Portugal) em 25 de Julho de 1139 — significativamente, de acordo com a tradição, no dia do provável aniversário D. Afonso Henriques e de São Tiago, que a lenda popular tinha tornado patrono da luta contra os mouros; um dos nomes populares do santo, era precisamente "Matamouros".
 
Foi travada numa das incursões que os cristãos faziam em terra de mouros para apreenderem gado, escravos e outros despojos. Nela se defrontaram as tropas cristãs, comandadas por D. Afonso Henriques, e as muçulmanas, em número bastante maior.
 
Inesperadamente, um exército mouro saiu-lhes ao encontro e, apesar da inferioridade numérica, os cristãos venceram. A vitória cristã foi tamanha que D. Afonso Henriques resolveu autoproclamar-se Rei de Portugal (ou foi aclamado pelas suas tropas ainda no campo de batalha), tendo a sua chancelaria começado a usar a intitulação Rex Portugallensis (Rei dos Portucalenses ou Rei dos Portugueses) a partir 1140 — tornando-o rei de facto, sendo o título de jure (e a independência de Portugal) reconhecido pelo rei de Leão em 1143 mediante o Tratado de Zamora e, posteriormente o reconhecimento formal pela Santa Sé em Maio de 1179, através da bula Manifestis probatum, do Papa Alexandre III.
 
A primeira referência conhecida ao milagre ligado a esta batalha é do século XIV, depois da batalha. Ourique serve, a partir daí, de argumento político para justificar a independência do Reino de Portugal: a intervenção pessoal de Deus era a prova da existência de um Portugal independente por vontade divina e, portanto, eterna.
 
A tradição narra que, naquele dia, consagrado a Santiago, o soberano português teve uma visão de Jesus Cristo rodeado de anjos na figura do Anjo Custódio de Portugal, garantindo-lhe a vitória em combate. Contudo, esse detalhe da narrativa, é semelhante ao da narrativa da Batalha da Ponte Mílvio, opondo Magêncio a Constantino, segundo a qual Deus teria aparecido a este último dizendo IN HOC SIGNO VINCES (latim, «Com este sinal vencerás!»).
 
Este evento histórico marcou de tal forma o imaginário português, que o referencia como um milagre e se encontra retratado no brasão de armas da nação de Portugal: cinco escudetes (cada qual com cinco besantes), representando as Cinco Chagas de Jesus e os cinco reis mouros vencidos na batalha.

VIVA A PÁTRIA !
VIVA PORTUGAL !

Associação dos Autarcas Monárquicos


BATALHA DE OURIQUE - 25 de Julho de 1139

A Batalha de Ourique desenrolou-se muito provavelmente nos campos de Ourique, no actual Baixo Alentejo (sul de Portugal) em 25 de Julho de 1139 — significativamente, de acordo com a tradição, no dia do provável aniversário D. Afonso Henriques e de São Tiago, que a lenda popular tinha tornado patrono da luta contra os mouros; um dos nomes populares do santo, era precisamente "Matamouros".

 Foi travada numa das incursões que os cristãos faziam em terra de mouros para apreenderem gado, escravos e outros despojos. Nela se defrontaram as tropas cristãs, comandadas por D. Afonso Henriques, e as muçulmanas, em número bastante maior.

 Inesperadamente, um exército mouro saiu-lhes ao encontro e, apesar da inferioridade numérica, os cristãos venceram. A vitória cristã foi tamanha que D. Afonso Henriques resolveu autoproclamar-se Rei de Portugal (ou foi aclamado pelas suas tropas ainda no campo de batalha), tendo a sua chancelaria começado a usar a intitulação Rex Portugallensis (Rei dos Portucalenses ou Rei dos Portugueses) a partir 1140 — tornando-o rei de facto, sendo o título de jure (e a independência de Portugal) reconhecido pelo rei de Leão em 1143 mediante o Tratado de Zamora e, posteriormente o reconhecimento formal pela Santa Sé em Maio de 1179, através da bula Manifestis probatum, do Papa Alexandre III.

 A primeira referência conhecida ao milagre ligado a esta batalha é do século XIV, depois da batalha. Ourique serve, a partir daí, de argumento político para justificar a independência do Reino de Portugal: a intervenção pessoal de Deus era a prova da existência de um Portugal independente por vontade divina e, portanto, eterna.

 A tradição narra que, naquele dia, consagrado a Santiago, o soberano português teve uma visão de Jesus Cristo rodeado de anjos na figura do Anjo Custódio de Portugal, garantindo-lhe a vitória em combate. Contudo, esse detalhe da narrativa, é semelhante ao da narrativa da Batalha da Ponte Mílvio, opondo Magêncio a Constantino, segundo a qual Deus teria aparecido a este último dizendo IN HOC SIGNO VINCES (latim, «Com este sinal vencerás!»).

 Este evento histórico marcou de tal forma o imaginário português, que o referencia como um milagre e se encontra retratado no brasão de armas da nação de Portugal: cinco escudetes (cada qual com cinco besantes), representando as Cinco Chagas de Jesus e os cinco reis mouros vencidos na batalha.

FONTE: Wikipédia


DEVOÇÃO ÀS CINCO CHAGAS DE CRISTO, EM PORTUGAL

Em Portugal, a devoção às Cinco Chagas de Cristo manifestou-se desde cedo, reportando-se aos inícios da nacionalidade, sobretudo por mão dos beneditinos. Mas será somente a partir dos séculos XV e XVI que essa devoção será claramente associada à própria fundação do Reino de Portugal e ao seu brasão de armas. Com efeito, nalguns textos da época, relata-se a aparição de Cristo crucificado a D. Afonso Henriques, na véspera da Batalha de Ourique, na qual as suas tropas defrontariam os exércitos infiéis, liderados por cinco reis mouros: «Afonso, antes de dar sinal aos soldados, estando ajoelhado a orar, viu o Salvador pendente da Cruz. Era tal a confiança do ânimo real, tal a fé gravada no seu coração que, longe de perturbar-se com tão estupendo milagre, ousou dizer estas palavras: que não era ao homem que crê firmemente que Jesus devia mostrar-se, mas aos hereges e apartados dessa fé ou a ela contrários é que era preciso mostrar-se dessa forma». Mas Cristo afiançou àquele que seria o primeiro Rei de Portugal: «Não te apareci deste modo para acrecentar tua fé, mas para fortalecer teu coração neste conflito e fundar os princípios do teu Reyno sobre pedra firme». E assim, tendo vencido a batalha de Ourique, quis D. Afonso Henriques que constassem no seu escudo as armas que ostentaram todos os reis portugueses e que ostenta, atualmente, a bandeira de Portugal: Cinco Quinas, em honra das Cinco Chagas de Cristo e como representação dos cinco reis mouros vencidos.

In: Opus Dei

OURIQUE
“A matutina luz serena e fria,
As estrelas do Pólo já apartava,
Quando na Cruz o Filho de Maria,
Amostrando-se a Afonso, o animava.
Ele, adorando quem lhe aparecia,
Na Fé todo inflamado assim gritava:
— "Aos infiéis, Senhor, aos infiéis,
E não a mim, que creio o que podeis!"

Canto III, Os Lusíadas, Luiz de Camões


José De Almeida Basto


Faz hoje 884 anos...

A EMBLEMÁTICA BATALHA DE OURIQUE - DE MILAGRE A PRIMEIRO MITO DE PORTUGAL

No dia 25 de Julho de 1139 travou-se a célebre batalha de Ourique, em que D. Afonso Henriques desbaratou os mouros, cujo chefe, denominado Ismar ou Omar, conseguiu fugir, salvando a custo a vida.

Segundo os cronistas antigos, a batalha de Ourique foi a pedra angular da fundação de Portugal como reino independente. Ali os soldados aclamaram rei o jovem príncipe que os conduzira à vitória sobre cinco reis mouros e os exércitos sarracenos de África e de Espanha.

O milagre de Ourique foi fruto do aparecimento de Jesus Cristo a D. Afonso Henriques como garantia da vitória em batalha tão desigual. Aparece relatado, pela primeira vez, na Crónica de 1419 de Fernão Lopes, que o achara escrito num texto mais antigo.

De acordo com este mito, fora revelado a D. Afonso Henriques que Portugal era um reino de origem divina, fundado por Deus e que a sua independência assentava num direito superior ao direito humano. Daqui emerge a concepção de Portugal como País predestinado ao desempenho de uma missão providencial, a consumação do mito no futuro mediante o império universal, ou Quinto Império, profundamente espiritual.

Não obstante a narrativa de Frei Bernardo de Brito ter sido, de acordo com a maioria dos historiadores, elaborada com fins patrióticos durante a ocupação castelhana, “o seu teor literário não contradiz por si próprio a veracidade possível ou impossível da tradição” (A. Quadros).


in Eduardo Amarante, “Templários”, vol. 2

Ilustração: Pintura a óleo de Mestre Carlos Alberto Santos

Consultar: https://www.apeiron-edicoes.com/.../templarios-de.../... 


S. PEDRO DAS CABEÇAS E A BATALHA DE OURIQUE
S. Pedro das Cabeças (entre Castro Verde e Ourique) é o local histórico onde D. Afonso Henriques desafiou e pelejou os cinco reis mouros na célebre BATALHA DE OURIQUE (1139), em que foi aclamado Rei de Portugal.
A chamada Batalha de Ourique, pelo significado que encerra e pelas características simbólicas a que está associada, é a principal lenda épica da história portuguesa: a gesta de D. Afonso Henriques que, sob a protecção divina, dá corpo ao acto heróico e audaz de pelejar e derrotar o inimigo mourisco, lançado os alicerces que sustentam a identidade nacional.
Diz a lenda e quer a tradição, resumidamente, que no dia 25 de julho de 1139, D. Afonso Henriques, guiado por um mediador divino, o ermitão Leovigildo Pires de Almeida, que lhe anunciara, na véspera, a aparição de Cristo na Cruz no local da batalha e a vitória sobre o infiel, derrotou os exércitos de cinco poderosos reis mouros.
Pela importância simbólica que esta lenda adquiriu e a frágil sustentação histórica dos relatos que a reportam a partir do século XIV, não admira que tenham surgido, ao longo do tempo, diversas interpretações e localizações para o chão sagrado da batalha: a vila alentejana de Ourique; S. Pedro das Cabeças, em Castro Verde, Ourique de Cartaxo, de Leiria, de Penela, etc.
Embora as fontes históricas não certifiquem a existência, na época, de uma grande batalha e seja mítica a sua narrativa, a visão dos cronistas medievais (provavelmente inspirada por canções de gesta difundidas por jograis) é clara num ponto: foi em S. Pedro das Cabeças que D. Afonso Henriques desafiou e pelejou os cinco reis mouros.
É o peso desta tradição e a importância que o lugar já adquirira no imaginário português que transparecem na visita que D. Sebastião fez a este lugar, no dia 7 de janeiro de 1573.

Em sinal de homenagem, como refere um documento coevo, o monarca desceu do seu cavalo, «disse algumas palavras muito bem ditas», percorreu a pé «os Cabeços aonde El-Rei Dom Afonso Henriques houve uma grande vitória contra os Mouros» e ordenou que, em sua memória, se erguesse um «mui sumptuoso edifício».
A topografia e as características do local (o conjunto de cerros que animam a campina e a existência, nestes, de restos de antigas fortificações) favoreciam a imaginação com que alguns escritores descreveriam e interpretariam a Batalha de Ourique, de Fr. Agostinho de Santa Maria a Fr. Manuel do Cenáculo. (…)
in «Castro Verde: História e Histórias», de Joaquim Boiça e Rui Mateus



ERMIDA DE SÃO PEDRO DAS CABEÇAS
(Percurso Mágico em Terras Portuguesas)

De acordo com a tradição histórica, no dia 25 de Julho de 1139, D. Afonso Henriques, guiado por um intercessor divino, o ermitão Leovigildo Pires de Almeida – que lhe anunciara, na véspera, a aparição de Nosso Senhor Jesus Cristo na Cruz no local da batalha e a vitória sobre o infiel –, derrotou os exércitos de cinco poderosos reis mouros. A vitória cristã foi tão notável que os seus companheiros de batalha aclamaram D. Afonso Henriques como Rei de Portugal.
434 anos mais tarde, El-Rei D. Sebastião visitou o lugar no dia 7 de Janeiro de 1573. Em sinal de homenagem ao Rei e de veneração a Cristo pela sua intervenção divina na batalha que decidira o futuro de Portugal como nação independente, o monarca luso desceu do seu cavalo e percorreu a pé “os Cabeços aonde El-Rei Dom Afonso Henriques houve uma grande vitória contra os Mouros e ordenou que, em sua memória, se erguesse no local um mui sumptuoso edifício”.
Guardiã da planície, a ermida vigia os outrora chamados “Campos de Ourique” e pertence ao grupo de sete capelas irmãs, que se avistam todas umas às outras: Senhora do Amparo, em Mértola; Senhora de Guadalupe, em Serpa; Senhora da Cola, em Ourique; Senhora do Castelo, em Aljustrel; Senhora da Saúde, em Martim Longo; Ermida de São Pedro das Cabeças, em Castro Verde e Senhora de Aracélis, em Castro Verde.
Em baixo avista-se o rio Cobres, cujo percurso, desde o alto do Cerro, se aconselha fazer em modo de peregrinação, já que o caminho a palmilhar é tido como “Terra Sagrada”. Alva e pura, a ermida situa-se próximo do monte dos Geraldos, no alto do Cerro de São Pedro das Cabeças, no concelho de Castro Verde.
in "Roteiro Megalítico - Percurso Mágico em Terras Portuguesas", Eduardo Amarante




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