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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

sexta-feira, 28 de julho de 2023

A IGREJA CATÓLICA DO SUDÃO DO SUL

A Igreja Católica do Sudão do Sul é a maior Igreja do Sudão desde 1995, com 2,7 milhões de católicos concentrados principalmente no Sudão do Sul. Hoje, 37,2% da população é católica, com cerca de 6,2 milhões de católicos de uma população total de 16,7 milhões.
A região que hoje corresponde ao Sudão começou a ser colonizada pelo Antigo Egipto em 2700 a.C. A influência romana levou o cristianismo a Dongola e Cartum no século IV, tornando-o muito influente na região, e criando "ilhas cristãs" que sobreviveram a sucessivas invasões de beduínos muçulmanos da Arábia, que chegaram à região vindos do Egipto a partir do século VII. Ainda assim, durante quase um milénio, a maioria da população da região era cristã. Os abássidas, o Reino de Funje e outros estados muçulmanos governaram a área em sucessão, foram aos poucos islamizando o norte durante o século XV, resultando no facto de que o cristianismo já havia desaparecido por completo de toda a região em 1600.
Os recém-criados Padres de Verona conseguiram estabelecer uma missão em 1872, mas o regime de Maomé Amade arruinou o trabalho. Em 1881, uma revolta maciça eclodiu contra o governo de Ahmed, derrubando-o. Os Padres de Verona imediatamente renovaram seu trabalho no Sudão com 250 católicos. Após os britânicos derrotarem o autoproclamado Estado Madista, em 1898, os católicos puderam novamente entrar definitivamente no país.
Os colonizadores tentaram evitar tensões religiosas entre muçulmanos e missionários cristãos e para isso, desviaram os esforços missionários cristãos do Sudão para o Sudão do Sul — habitado por negros seguidores de religiões tribais. A Missão Comboniana foi estabelecida entre 1895 e 1910 e desempenhou um papel importante na difusão do cristianismo no Sudão do Sul.
A feroz oposição às políticas de islamização e arabização levadas a cabo por Cartum após a independência do Sudão do domínio anglo-egípcio, alimentou o movimento secessionista que conduziu às duas guerras civis que assolaram o país entre 1955-1972 e 1983-2005 e, finalmente, à a independência do Sudão do Sul em 2011, após um referendo.
A padroeira do Sudão do Sul é Josephine Bakhita. Bakhita nasceu em Darfur em 1869 e foi sequestrada aos 6 anos por traficantes de escravos. Ela foi vendida três vezes e espancada regularmente. Ela foi resgatada por Callisto Legnani, um cônsul italiano, convertida ao cristianismo em uma escola veneziana e tornou-se freira. Outra figura venerada entre os católicos é a Irmã Maria Josefa Scandola: religiosa das Irmãs Missionárias Combonianas, nascida em Bosco Chiesanuova, na Itália, em 1849. Dedicou sua vida à evangelização da África, especialmente do Sudão. Morreu oferecendo sua vida em troca da vida de um jovem missionário italiano
A Igreja do Sudão do Sul é formada em quatro ritos: arménio, caldeu, maronita e romano em um total de 104 paróquias, atendidas por 188 padres diocesanos e 123 religiosos. Outros religiosos, que ajudaram nos esforços humanitários e operavam as 206 escolas primárias e 22 secundárias do país.
O Sudão do Sul surgiu em 2011, separando-se do Sudão, após um referendo de independência, e hoje ainda enfrenta graves problemas sociais e grandes desafios. Agravando a situação, os conflitos com o Sudão foram retomados em função de pendências no estabelecimento das fronteiras entre os dois países, que disputam regiões ricas em petróleo. Os cristãos são maioria na sociedade sul-sudanesa e os que mais sofreram com a Guerra Civil Sul-Sudanesa, sendo impedidos de participar de cerimónias religiosas.
Actualmente, acredita-se que mais da metade da população do Sudão do Sul seja cristã, com predominância de católicos, que representam cerca de 52% da população, seguidos de anglicanos, presbiterianos e outras denominações protestantes, enquanto os ortodoxos (cópticos, etíopes e greco-ortodoxa) representam menos de 1%. Existe também um número significativo de seguidores das religiões tradicionais africanas (que, segundo algumas fontes, são, de facto, a maioria).














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