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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

segunda-feira, 31 de julho de 2023

EM 31 DE JULHO CELEBRA-SE SANTO INÁCIO DE LOYOLA, PRESBÍTERO E FUNDADOR DA COMPANHIA DE JESUS, +1556


 «Tinha alma maior que o mundo», diz Gregório XV na Bula de canonização.

 A vida de Santo Inácio divide-se em três períodos que reflectem a grandeza da alma e a ascensão constante até ao cume. Nos trinta primeiros anos - 1491 a 1521 – foi cortesão e pecador, soldado vão e doidivanas. Desde 1521 até 1540 fez-se penitente, estudante e peregrino do ideal da maior glória de Deus. Em 1540 e até à morte, que se deu em 1556, Inácio chega à posse do ideal e torna-se o capitão da Companhia de Jesus, legislador e vencedor em muitas batalhas.

O mais novo de doze irmãos «era rijo e valente, muito animoso para empreender coisas grandes, de nobre ânimo e liberal, e tão engenhoso e prudente nas coisas do mundo, que naquilo em que se metia e a que se aplicava, mostrava-se sempre para muito». «Começando a ferver-lhe o sangue», «brioso e de grande ânimo», deu-se desde o começo a todos os exercícios de armas, procurando «avantajar-se» acima de todos os iguais, com desejo de alcançar nome de «valoroso».

Aquando do cerco de Pamplona pelos franceses, em 1521, Inácio é ferido por uma bala de canhão e, na sua longa e dolorosa convalescença, cai-lhe providencialmente nas mãos a vida de Cristo e dos Santos. A alma começa a abrir-se-lhe para um mundo novo de grandeza. Se na noite do mundo queria ser o primeiro, agora no dia da conversão precisa também de sobressair. «S. Francisco fez isto, pois eu tenho de fazer o mesmo. S. Domingos isto, pois eu tenho também de o fazer».

Mesmo antes da confissão geral, que lhe levou três dias, não o preocupavam tanto os pecados, quanto o fazer coisas grandes por Deus. Para imitar os Santos, deixa a casa e os vestuários ricos, e esconde-se numa cova, nos hospitais; veste um saco de penitência, deixa crescer o cabelo e até as unhas; faz sete horas de oração ao dia e passa uma semana completa sem provar nem beber nada. Durante uma noite inteira vela armas de pé, diante da Senhora dos seus novos ideais e amores, Nossa Senhora de Monserrate, e realiza uma peregrinação à Terra Santa, sem nada desde o joelho para baixo.

Regressado a Espanha, inicia os seus estudos de latim, teologia e filosofia passando por Barcelona, Alcalá, Salamanca e Paris. É aqui que vai encontrar os que hão-de ser capitães da Companhia de Jesus, que ele dirigirá como general. O primeiro que se lhe juntou, para nunca o deixar, foi Pedro Fabro, depois Xavier, e em seguida Laínez, Salmerón, Simão Rodrigues e Bobadilla. A 15 de Agosto de 1534 fazem os primeiros votos em Montmartre, Paris, e nasce a Companhia de Jesus, que é confirmada por Paulo III em 1540.

O conceito de Santo Inácio sobre o mundo é guerreiro. Em Deus está o Imperador, tudo deve convergir para a sua glória. O Generalíssimo, na terra, é o papa; por isso, coloca aos pés do Sumo Pontífice a sua Companhia e dispõe que ela pronuncie um quarto voto de «especial obediência ao Sumo Pontífice no que se refere a missões entre hereges e pagãos».

No século em que o protestantismo arrebatou à religião católica um terço da Europa, Inácio foi sem dúvida o lutador suscitado pela Providência para atender de modo pleno às necessidades da Igreja. Era necessário conquistar os novos povos descobertos e reconquistar os antigos paganizados. Requeriam-se batalhas e requeriam-se soldados que trabalhassem muito, comessem pouco, dormissem mal e lutassem de contínuo.

Sob o governo de Santo Inácio desde 1540 até 1556, ano em que morre em Roma, a Companhia de Jesus consolida-se e expande-se; combate as primeiras e mais gloriosas batalhas pela maior glória de Deus. O primeiro dos missionários, Xavier, leva a fé até ao centro do Japão; outros espalham-se pelas ilhas da Oceânia, nunca visitadas pelo zelo apostólico; outros chegam ao Indostão, Brasil e Etiópia. Fabro santifica com os exercícios de Santo Inácio a camada mais alta das cortes do Imperador, do Rei de Portugal e do Príncipe D. Filipe. Laínez e Salmerón assombram com o talento e sabedoria a mais augusta assembleia do orbe, o Concílio Tridentino. Abrem-se colégios e universidades em toda a Europa, e em Roma os Colégios Romano e Germânico para a formação de apóstolos.

Hoje a Companhia de Jesus está presente em 120 países com mais de 16.000 Jesuítas entre sacerdotes, escolásticos e noviços.

 Fonte: Santos de Cada Dia, Editorial Apostolado da Oração





SANTO INÁCIO DE LOYOLA, +1556

Iñigo Lopez de Loyola, este era o seu nome de baptismo, nasceu numa família cristã, nobre e muito rica, na cidade de Azpeitia, da província basca de Guipuzcoa, na Espanha, no ano de 1491. O mais novo de treze filhos, foi educado, com todo cuidado, para tornar-se um perfeito fidalgo. Cresceu apreciando os luxos da corte, praticando desportos, principalmente os equestres, seus preferidos.

Em 1506, a família Lopez de Loyola estava a serviço de João Velásquez de Cuellar, tesoureiro do reino de Castela, do qual era aparentada. No ano seguinte, Iñigo tornou-se pagem e cortesão no castelo desse senhor. Lá, aprimorou sua cultura, fez-se um exímio cavaleiro e tomou gosto pelas aventuras militares. Era um homem que valorizava mais o orgulho do que a luxúria.

Dez anos depois, em 1517, optou pela carreira militar. Por isso foi prestar serviços a um outro parente, não menos importante, o duque de Najera e vice-rei de Navarra, o qual defendeu em várias batalhas, militares e diplomáticas.

Mas, em 20 de Maio de 1521, uma bala de canhão mudou sua vida. Ferido por ela na tíbia da perna esquerda, durante a defesa da cidade de Pamplona, ficou um longo tempo em convalescença. Nesse meio tempo, meio por acaso, trocou a leitura dos romances de infantaria e guerra, por livros sobre a vida dos santos e a Paixão de Cristo. E assim foi tocado pela graça. Incentivado por uma de suas irmãs, que cuidava dele, não voltou mais aos livros que antes adorava, passando a ler somente livros religiosos. Já curado, trocou a vida de militar por uma vida de dedicação a Deus. Foi, então, à capela do santuário de Nossa Senhora de Montserrat, pendurou sua espada no altar e deu as costas ao mundo da corte e das pompas.

Durante um ano, de 1522 a 1523, viveu retirado numa caverna em Manresa, como eremita e mendigo, o tempo todo em penitência, na solidão e passando as mais duras necessidades. Lá, durante esse período, preparou a base do seu livro mais importante: "Exercícios espirituais". E sua vida mudou tanto que do campo de batalhas passou a transitar no campo das idéias, indo estudar filosofia e teologia em Paris e Veneza.

Em Paris, em 15 de Agosto de 1534, juntaram-se a ele mais seis companheiros, e fundaram a Companhia de Jesus. Entre eles estava Francisco Xavier, que se tornou um dos maiores missionários da Ordem e também santo da Igreja. Mas todos só se ordenaram sacerdotes em 1537, quando concluíram os estudos, ocasião em que Iñigo tomou o nome de Inácio. Três anos depois, o papa Paulo III aprovou a nova Ordem e Inácio de Loyola foi escolhido para o cargo de superior-geral.

Ele preparou e enviou os missionários jesuítas ao mundo todo, para fixarem o cristianismo, especialmente aos nativos pagãos das terras do novo continente. Entretanto, desde que esteve no cargo de geral da Ordem, Inácio nunca gozou de boa saúde. Muito debilitado, morreu no dia 31 de Julho de 1556, em Roma, na Itália.

A sua contribuição para a Igreja e para a humanidade foi a sua visão do catolicismo, que veio de sua incessante busca interior e que resultou em definições e obras cada vez mais actuais e presentes nos nossos dias. Foi canonizado pelo papa Gregório XV em 1622. A sua festa é celebrada, na data de sua morte, nos quatro cantos do planeta onde os jesuítas actuam. Santo Inácio de Loyola foi declarado Padroeiro de Todos os Retiros Espirituais pelo papa Pio XI em 1922.


31 de Julho de 1556: Morre Santo Inácio de Loyola, Fundador da Companhia de Jesus.

Santo Inácio de Loyola, de seu nome Íñigo López, * Guipúzcoa, Azpeitia, Castelo de Loyola, 31.05.1491 - † Roma, Roma, 31.07.1556, era filho de Beltrán Ibáñez de Oñaz y Loyola, Senhor de Loyola (*1439 - †1507) e de Marina Sáenz de Licona y Balda; Neto paterno de Juan Pérez de Loyola e de Sancha Pérez de Iraeta e neto materno de Martín García de Licona (*1420) e de Gracia Saenz de Lastur y Balda, Senhora da Casa de Balda. Santo Inácio de Loyola era descendente de Dom Afonso Henriques, por via materna.
Santo Inácio de Loyola foi o fundador da Companhia de Jesus, uma ordem religiosa católica romana que teve grande importância na Reforma Católica, cujos membros são conhecidos como os jesuítas. Em 2009, a Companhia de Jesus era a ordem religiosa masculina mais numerosa na Igreja Católica.
Santo Inácio de Loyola era muito próximo do Cardeal Rei Dom Henrique que o apoiou muito na fundação da Companhia de Jesus e também de seu irmão Dom João III a quem Santo Inácio de Loyola apelidava de: "Pai e Protector da Companhia de Jesus"tendo-se tornado Évora (e a Universidade) um dos principais polos de referência desta companhia.
Biografia:
Nascido em 31 de Maio de 1491, recebeu o nome de Íñigo López na localidade de Loiola (em castelhano Loyola), no actual município de Azpeitia, a cerca de vinte quilómetros a sudoeste de São Sebastião, no País Basco.
Santo Inácio de Loyola foi o mais novo de treze irmãos e irmãs. Sua mãe faleceu nos seus primeiros anos de vida e o seu pai faleceu quando tinha 16 anos de idade.
Em 1506, tornou-se pajem de um familiar, Juan Velázquez de Cuellar, ministro do Tesouro Real (contador mayor) do reino de Castela durante o reinado de Fernando de Aragão. Iñigo viveu em Arévalo, na casa de seu protetor de 1506 a 1517. Como cortesão, levou vida leviana.
Com a morte de D. Fernando, Velásquez de Cuellar teve os seus bens apropriados pela rainha D. Germana de Foix. Cuellar faleceu em 1516.
Em 1516, Santo Inácio de Loyola colocou-se a serviço do vice-rei de Navarra, António Manrique de Lara, Duque de Nájera. Segundo Villoslada "Iñigo de Loyola nunca foi capitão, nem soldado, nem oficial do exército. Era familiar do duque e seu gentil-homem". Gravemente ferido na batalha de Pamplona (20 de Maio de 1521), passou meses inválido, no castelo de seu pai. Durante o longo período de recuperação, Inácio procura ler livros para passar o tempo, e começa a ler a "Vita Christi", de Rodolfo da Saxónia, e a Legenda Áurea, sobre a vida dos santos, de Jacopo de Varazze, monge cisterciense que comparava o serviço de Deus com uma ordem cavalheiresca.
Cronologia (Geneall):
15.08.1534 Santo Inácio de Loyola funda a Companhia de Jesus.
03.09.1539 Os estatutos que o padre Inácio de Loyola apresentou ao Papa Paulo III para a fundação da Companhia de Jesus são aprovados.
12.03.1622 Canonização de Santo Inácio de Loyola.



(Fontes: Investigação de António Carlos Janes Monteiro, GeneAll, Estórias da História e Wikipédia)


HISTÓRIA, GENEALOGIA e HERÁLDICA - António Carlos Godinho Janes Monteiro 

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