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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

sábado, 1 de julho de 2023

1 DE JULHO DE 1419: 604 ANOS DA DESCOBERTA DA ILHA DA MADEIRA

História da Ilha da Madeira:
As ilhas do arquipélago da Madeira já seriam conhecidas antes da chegada dos europeus no século XIV, a crer em referências presentes em obras e cartas geográficas como o "Libro del Conoscimiento" (1348-1349), de autoria de um frade mendicante espanhol, no qual as ilhas são referidas pelo nome de "Leiname", "Diserta" e "Puerto Santo".
Em 1418 a ilha do Porto Santo foi redescoberta por João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira.
No ano seguinte estes navegadores, acompanhados por Bartolomeu Perestrelo, chegaram à ilha da Madeira, na noite do dia 1 de Julho de 1419, segundo Dias Leite. Todavia, o desembarque, a primeira missa e a exploração do vale ocorreram no dia seguinte.
Eram ilhas desabitadas que, pela sua localização — próximo à costa africana — revestiam-se de grande importância estratégica; e, pelo seu clima, ofereciam fortes potencialidades económicas, nomeadamente no tocante à exploração agrícola.
O Povoamento:
Diante desses factores, o domínio das ilhas foi doado pela Coroa de Portugal ao Infante Dom Henrique. Por volta de 1425 iniciou-se o seu povoamento, uma iniciativa atribuída a Dom João I, Rei de Portugal, ou ao próprio infante. Nessa etapa, visando incentivar tanto o povoamento como a exploração económica, a partir de 1440 estabeleceu-se o regime das capitanias-donatárias:
1440 - Capitania de Machico, doada a Tristão Vaz Teixeira;
1446 - Capitania de Porto Santo, doada a Bartolomeu Perestrelo; e
1450 - Capitania do Funchal, doada a João Gonçalves Zarco.
Os três capitães-donatários fizeram levar as respectivas famílias e com elas um pequeno grupo de pessoas da pequena nobreza, gente de condições modestas e alguns antigos detentos do reino. Para auferirem de condições mínimas para o desenvolvimento da agricultura, tiveram que desbastar uma parte da densa floresta de Laurissilva e construir um grande número de canalizações de água (as "levadas"), visto que numa parte da ilha havia água em excesso enquanto na outra esta escasseava.
Nos primeiros tempos, o peixe constituiu o principal meio de subsistência dos povoadores assim como os produtos horto-frutícolas. A ilha exportava madeiras de cedro, teixo, e produtos corantes como o sangue-de-dragão, anil e outros.
A primeira actividade agrícola local de grande relevo foi a cultura cerealífera do trigo. Inicialmente, os colonizadores produziam trigo para a sua própria subsistência mas, mais tarde, por volta de 1450, este passou a ser um produto de exportação para o reino e para as praças portuguesas na costa africana.
No entanto, diante da queda da produção cerealífera, o infante determinou mandar plantar na Madeira a cana-de-açúcar — então uma especiaria —, promovendo, para isso, a vinda, da Sicília, da soca da primeira planta e dos técnicos especializados nesta cultura. A produção de açúcar atraiu à ilha comerciantes judeus, genoveses e portugueses, vindo a constituir-se num dinamizador da economia insular. A produção da cultura sacarina cresceu de tal forma que surgiu uma grande necessidade de mão-de-obra. Para satisfazer esta carência foram levados para a ilha escravos originários das Canárias, de Marrocos, Mauritânia e, mais tarde, de outras zonas de África. A cultura da cana e a indústria da produção de açúcar desenvolver-se-iam até ao século XVII, seguindo-se a indústria da transformação — as alçapremas — fazendo a extracção do suco para, depois, vir a fazer-se o recozer dos meles como então se chamava à fase da refinação.
Durante o século XV a Madeira desempenhou um importante papel nos Descobrimentos portugueses. Tornou-se também famosa pelas rotas comerciais que ligavam o porto do Funchal a toda a Europa. E foi no arquipélago da Madeira que Cristóvão Colombo aprofundou os conhecimentos da arte de navegar e planeou a sua célebre viagem para a América.
Pela Carta-régia de 27 de Abril de 1497, o rei Dom Manuel I de Portugal (1495-1521), Mestre da Ordem de Cristo, tornou a Madeira realenga.
Das três capitanias, a do Funchal veio, ainda no século XV, a tornar-se preponderante graças à sua localização geográfica, ao seu porto e ao desenvolvimento da agro-manufatura açucareira. Desse modo, a povoação do Funchal foi elevada a vila (1451), cidade (1508) e sede de bispado (1514).
Os séculos XVI e XVII:
A Madeira serviu também como modelo para a colonização do Brasil, baseado nas capitanias hereditárias e nas sesmarias, conforme atesta a nomeação de Pero de Góis por Dom João III de Portugal, em 25 de Agosto de 1536, quando o rei lhe determinou que exercesse o cargo "da maneira que ele deve ser feito e como o é o provedor da minha fazenda na Ilha da Madeira".
Diante da afirmação crescente do açúcar brasileiro e do de São Tomé e Príncipe, de que se ressentiu profundamente a economia madeirense, a partir do século XVII o vinho passou a constituir-se no mais importante produto de exploração.
À época da Dinastia Filipina (1580-1640), a administração do arquipélago da Madeira passou a ser exercida por Governadores Gerais, o primeiro dos quais foi o desembargador João Leitão.
No Brasil, no contexto da Restauração da Independência Portuguesa (1640), os madeirenses tiveram também importante participação na Insurreição Pernambucana, contra a ocupação neerlandesa.















(Fontes: Investigação de António Carlos Janes Monteiro, espiritoviajante.com e Wikipédia)

HISTÓRIA, GENEALOGIA e HERÁLDICA - António Carlos Godinho Janes Monteiro 

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